Todos os atos possuem consequências

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Hello meus amores, como vocês estão? Bem? Então, esse será o último capítulo antes da minha pessoa ir viajar. Retornarei no dia 01 de março com muitos capítulos para vocês, aguardem ansiosos por favorzinho ♥️
Esperem que gostem desse capítulo, sei que a fanfic está na Bad agora... Mas calma, Heartbeat não é só tristeza ;)

- Notas finais com recadinho ♥️

Boa leitura
-B

Busco com arbítrio o ar que precisava, meu coração aos poucos foram recuperando as batidas ordinárias, no lugar do espanto, ficou somente as lágrimas que desciam em acúmulos pesados em minhas bochechas que se encontravam frias. Hoseok segurava minhas mãos, sem se importar de sujar as mangas de sua camisa branca de trabalho com o sangue que estava em minhas mãos, já que havia usado as mesmas para impedir que mais sangue fosse colocado para fora. Hoseok pega o papel higiênico sem dizer uma palavra, ele parecia mais perdido do que eu, as lágrimas já não existia mais, seu rosto permanecia totalmente acamado, os olhos caídos sem reações.

- Use isso - Ele me entrega para limpar as narinas que desciam fluxos pequenos de sangue. Começo a limpar, com meu corpo anêmico, que me causava vergonha. Se aquilo havia acontecido, não era um bom sinal... E por incrível que pareça, eu já estava esperando por aquilo. E acho que Hoseok sabia também, ele sabia que eu era um caso perdido. Meu corpo estava leve, débil, com rastros evidentes que meu corpo não estava bem e muito menos forte, como deveria estar. - Você não tomou seus remédios, não foi? - diz abatido.

- Deve ter sido isso... Não é? - Murmuro baixinho, ganhando atenção dos seus olhos apreensivos. Eu sabia que não era isso, eu era dono do meu corpo, sabia muito bem o que estava acontecendo, apenas não tinha coragem de dizer... Para as pessoas que eu amava e que iria sofrer com isso.

- Taehyung... Precisamos... - Ele se cala. Engulo em seco ao ver as lágrimas que se acumulavam novamente em seus olhos. Hoseok estava tentando ser forte, por mim, ele não queria me assustar... Porque lá no fundo ele também sabia, eu estava morrendo - Venha, eu te ajudo a levantar - Ele segura meus braços com delicadeza, me mantendo de pé. Já não me sentia tonto... Os sinais de fraqueza, acompanhados com sangramentos era devido o sistema imunológico comprometido por doenças e vírus, no meu caso, o câncer. E se o vômito também era acompanhado de sangue, significava apenas uma coisa, não era somente meu sistema imunológico estava comprometido, mas também... Alguma parte do meu corpo já não estava funcionando como deveria. Seguro as lágrimas, prendendo-as em minha garganta, não queria chorar, Hoseok já parecia bastante abatido e eu, bem, conseguia piorar tudo em minha volta.

- Eu vou ficar bem... - Respondo com o nó presente em minha garganta. Hoseok concorda com a cabeça levemente enquanto me observava, cabisbaixo e assustado. Eu entendia, aquilo era assustador para quem estava assistindo, não era algo comum que se via todos os dias.

- Vamos dar um jeito okay? Você é forte. E não está sozinho - Ele me puxa para um abraço de repente. E então, eu desmonto em seus braços. Os soluços eram resistentes e altos. Me mostrar ser forte aquele momento, não importava, eu não estava forte... Estava assustado, em pânico e quebrando a promessa que fiz para Jungkook, que era, permanecer para sempre ao seu lado.

(..)

Novamente estava circulado por paredes brancas sem vida. As paredes com avisos de cuidados e de doações de medulas, outros com eventos do hospital. A clínica de oncologia tentava ao máximo mostrar pelo menos uma luz no caminho que para muitos era o fim. Eles queriam mostrar que é possível ter esperanças, a julgar pelos múltiplos papéis de apoio nas paredes. Hoseok estava falando ao telefone, pelo que parecia era com sua clínica veterinária, ele estava faltando novamente, para me atender. Na noite passada, ele havia ligado para o doutor Soong, e pelos cochichos que eu escutava atrás da porta, é que eu precisava ir o quanto antes. E por sorte, Jungkook havia me mandado mensagem avisando que não iria poder me buscar, que como a próxima luta estava chegando, seu pai estava mais rígido do que nunca. Foi bom, pelo menos iria segurar por um tempo... Já que eu não sabia a mínima ideia o que fazer e como eu iria contar. Contar para ele não estava em meus planos, estava otimista, mantendo esperanças que nada disso iria acontecer. Mas é exatamente por isso, que não me pegava a esperanças - Eu não tinha cura - Só que eu acreditei que poderia sim, apenas seguir em frente.

HEARBEATTahanan ng mga kuwento. Tumuklas ngayon