Taehyung e Jungkook foram o primeiro amor um do outro na época da escola, onde tudo era somente contos de fadas, onde a responsabilidade de adulto não era aplicado em nenhum momento. Porém, a vida é uma roda gigante contínua, a realidade adulta sobr...
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Sinto meu corpo estremecer e se encolher quando Hoseok coloca uma de suas mãos na minha testa, me olhando com um semblante fechado e os conhecidos olhos preocupados percorrendo meu corpo. Ele suspira e reprimi os lábios.
- Você está com febre - Disse pegando o termômetro debaixo do meu braço.
- Não estou não... Deve ser o calor - Desvio os olhos, tocando o cordão que Jungkook me dera. Aquilo realmente transmitia segurança para mim, era como se ele estivesse ali comigo, afastando todas a escuridão que queria se aproximar de mim. Além de ser meu grande amor, ainda conseguia ser meu herói.
- Tae, você está com 39°C de febre, como isso pode ser o calor? - Falou aborrecido - Eu sabia que isso iria acontecer! E ainda por cima você não está tomando seus remédios Taehyung - Ele da meia volta, até o criado mudo, onde a caixa do midostaurin , estava fechada ainda - Ele serve como uma monoterapia para o corpo, geralmente é utilizado em pacientes que começou a quimioterapia, mas como o doutor Soong achou melhor previnir, era totalmente obrigatório tomar duas vezes ao dia em um intervalo de doze horas. Ele servia para combater as células cancerígenas que existia na minha corrente sanguínea, já que as mesma estavam sempre se multiplicando. Mordo os lábios quando Hoseok pega a caixa e joga em cima da cama, onde eu estava deitado. Encaro a caixa de tamanho mediano e engulo em seco. Okay, eu estava errado... E completamente sem argumentos, os dias com o Jungkook me faziam esquecer de tudo, até mesmo que eu estava doente e morrendo - Você está querendo que as coisas piorem Tae? Você sabe o que o doutor Soong falou com você e você não está sendo cuidadoso com a sua vida - Sinto seu peso na cama, ele coloca suas mãos por cima das minhas, enquanto olhava meu rosto, cujo as lágrimas já estavam aparecendo.
Gemo baixinho devido o frio causado pela febre que eu sentia. Minha garganta estava doendo e meu corpo parecia sem energias. Estava claramente gripado. Era sempre assim, meu sistema imunológico não funciona como das outras pessoas, eu não tinha linfócitos o suficiente, como um adulto deveria ter, se dez fosse o máximo de linfócitos que protegem nosso corpo contra qualquer vírus ou bactérias, eu teria dois e eles não seriam fortes o suficiente para deter qualquer coisa, uma conseqüência do câncer que tinha a alta proliferação de células anormais e malignas, que são chamados de blastos- que não amadurecem, não desempenham sua função e ainda se acumulam na medula óssea da pessoa, interferindo na produção que deveria ser normal de outras células sanguíneas. Ou seja eu não possuía nem metade de células boas em meu corpo, e meu caso, por pura ironia do destino... Meu caso era o mais grave, o que conseguia atingir somente aqueles 1,2% da população mundial - As células vão se destruindo no decorrer da vida, mas as minhas não... Era como se a cada dia, uma célula maligna contaminasse uma célula boa, de maneira rápida e sem piedade. Por isso que para mim, era impossível o transplante de medula óssea, porque de qualquer maneira... Meu corpo já estava morrendo, só que todos eram otimistas demais para não perceber esse fato.
