I won't walk away from him

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A pedido de Taehyung, desci até o apartamento de Amanda para pegar as minhas coisas. Eu ainda estava atordoada com o que tinha acabado de acontecer. Pessoas foram mortas na minha frente e eu tive uma arma em minhas mãos. Sei que coisas como essas são normais para algumas pessoas, mas eu, que sempre levei uma vida restrita, acho difícil de acreditar. Taehyung é muito importante para mim e eu quero entender o que o motiva a fazer coisas desse tipo.

Suspirei e me sentei na cama.

 – Só espero que o meu psicológico seja forte o suficiente para isso. – falei para mim mesma e massageei minha nuca.

 – _________? – Jungkook entrou no quarto, me pegando de surpresa. Ele já tinha tirado toda a fantasia de Coringa que usou na festa e agora estava usando uma regata branca e uma calça larga. – O que ainda está fazendo aqui? Pensei que já estivesse com Taehyung.

 – Eu... Precisava pegar as minhas coisas.

 – Você não parece bem. – ele se aproximou e se sentou ao meu lado na cama. – Quer conversar?

 – Quando conheceu Taehyung, como ele era? – perguntei e olhei para seu rosto, estranhando a expressão divertida que se fez presente ali.

 – Quer saber se ele já era assim desde criança? – eu concordei e ele riu. – Bom, eu o conheço há vários anos, quando ele ainda morava com o pai. Taehyung era um criança normal, assim como todas as outras.

 – Mas?

 – O pai dele era muito rígido e a maneira como educou Taehyung foi traiçoeira. Ele tinha métodos... peculiares, se é que posso chamar assim. Taehyung sofreu muito, tanto que ele se acostumou a não deixar suas emoções transparecerem. – Jungkook se levantou e andou até o guarda-roupa de Amanda. – É difícil saber o que ele está pensando em todas as ocasiões, exceto uma.

 – E qual seria ela? – fechei a minha mala.

 – O jeito que ele olha para você. – falou e meu corpo se arrepiou. – Você não deve perceber a diferença ainda, mas para nós que juramos nossas vidas a ele, vê-lo sorrir significa muito.

Jungkook pegou algumas roupas e as colocou dentro de uma das malas que estavam colocadas em cima do guarda-roupa.

 – Eu não sei se sou capaz de suportar tudo o que ele tem a dizer. – sussurrei e senti a mão de Jungkook em meu ombro.

 – Talvez isso mude se compreender os motivos dele. – ele sorriu ao ver que eu concordei. – Vamos, eles devem estar nos esperando já.

Suspirei e deixei que Jungkook me ajudasse com a mala enquanto caminhávamos por entre os corpos. Tapei o nariz, devido ao forte cheiro de sangue, até chegarmos no elevador sem pisar em nenhum corpo.

Assim que saímos do elevador, observei o quão lotado o estacionamento estava. As pessoas andavam de um lado para o outro rapidamente e pude ver de longe que Taehyung estava cercado por algumas poucas mulheres, com roupas manchadas com o sangue dos soldados mortos. Jungkook me acompanhou até Taehyung e assim que ele notou a nossa presença, lançou um sorriso calmo em minha direção. Ao ver aquele sorriso, pensei nas palavras de Jungkook e não conseguia acreditar que Taehyung era bom em esconder as suas emoções.

Quando as mulheres tomaram seus rumos até seus respectivos carros, Taehyung andou até Jungkook e pegou minha mala da sua mão, guardando-a no porta-malas da Range Rover Evoque cinza. Me despedi de Jungkook enquanto Taehyung fazia questão de abrir a porta do passageiro para mim. Olhei para ele e me senti aliviada ao notar o quão calmo ele estava, mas aquilo me fazia pensar em quantas vezes ele já fez aquilo para tratar tudo tão naturalmente.

Laços do Crime || Imagine Taehyung Where stories live. Discover now