E, novamente, senti meu mundo desmoronar.
Os choros dos meus amigos invadiam meus ouvidos como facas perfurando meu corpo. Minha atenção foi para Yoongi, que ainda tentava segurar as lágrimas e trabalhava o mais rápido possível para achar a localização do celular de Taehyung.
Ele não estava morto, não teria coragem de fazer isso comigo. Nada nesse mundo seria capaz de tirar Taehyung de mim, mas… O medo estava me consumindo por dentro como nunca antes.
Meu corpo tremia e minha respiração estava muito acelerada. Ao colocar a mão sobre o peito, senti meu coração pulsar rapidamente, chegava a ser doloroso, como se fosse gastar todas as forças e parar de bater.
Agarrei meus próprios cabelos, implorando para que as minhas crises de ansiedade não voltassem a ser como antes. Puxei-os com força e logo vi Seokjin aparecer na minha frente. Ele agarrou meus pulsos e começou a me chamar desesperadamente, mas era como se eu não pudesse ouvir nada. Sua boca se mexia mas nenhum som saía dela.
Olhei para ele e vi que estava como eu, sem seu maior apoio, sem seu porto seguro.
O que iríamos fazer? Como vamos continuar nossas vidas sem a pessoa que uniu todos nós? Se todos estavam desesperados, o que eu, que acabei de chegar, poderia fazer?
Antes que eu pudesse falar qualquer coisa, meu celular vibrou em meu bolso, atraindo minha atenção. Na esperança que fosse Taehyung, soltei-me de Seokjin e abri a mensagem que apareceu na barra de notificações. Assim que li o início, o que antes era dor, passou a ser puro ódio.
“Como está o namoradinho, irmãzinha?”
Minha mão, automaticamente, fechou-se ao redor do celular. Por um segundo, eu jurei que podia quebrá-lo.
– Yoongi. – chamei, sem controlar o tom de voz. Naquele momento, todos sabiam que alguma coisa estava errada. – Localize a Helena, agora mesmo.
– O que aconteceu? – perguntou enquanto eu me levantava e pegava minhas coisas.
– Preciso da minha moto o mais rápido possível. – Olhei para todos ali. – Eu vou matar aquela desgraçada que ainda me chama de irmãzinha.
Todos ao meu redor ficaram confusos e Amanda e Jungkook se entreolharam preocupados. Assim que Yoongi conseguiu a localização, encaminhou-me o endereço bem a tempo de Jimin chegar com o meu capacete. Quando fiz menção de pegá-lo, ele segurou meu braço firmemente.
– Eu vou com você – disse.
– Não mesmo. – protestei.
– Eu não estava pedindo, ________. – Tirou uma chave do bolso e andou até a saída. – Vamos.
Segui Jimin para fora do local, até que ouvi Namjoon me chamar.
– Não faça nada do que se arrependa depois, ele pode estar vivo. – Foi a única coisa que disse antes de irmos até o estacionamento pegar as motos.
Antes que subissemos nas motos, segurei o braço de Jimin. Ele me encarou sem nenhuma expressão, como se soubesse o que eu iria dizer. Então, ele me puxou para um abraço calmo, mas apertado.
– Não acredito que ele se foi. – Abracei-o de volta.
– Vai ficar tudo bem. – Acariciou meus cabelos, delicadamente. – Yoongi vai achá-lo. Taehyung sempre está um passo à frente de nós.
Concordei e nos afastamos um pouco.
– Obrigada por vir comigo.
Jimin sorriu e pegou nossos capacetes, alcançando o meu. Subimos nas motos e saímos rapidamente do local, seguindo a localização que Yoongi havia me encaminhado. Por um momento, eu pensei o que faria quando encontrasse Helena. Minha mente, por algum motivo, estava dividida entre deixá-la viva ou matá-la.
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Laços do Crime || Imagine Taehyung
Фанфіки- Por que tanto mistério, Taehyung? - Gosto de ver quando está interessada em algo. - ele apoiou o cotovelo na mesa enquanto sua mão continuava em minha cintura. - Não precisa fazer tudo isso para me deixar interessada. - quando percebi o que fale...