Laços do Crime || Imagine Taehyung

I'm not joking

Taehyung estacionou o carro na frente da minha casa e saiu primeiro. Respirei fundo e saí também. Tentei manter meus passos firmes, mas minhas pernas começaram a ficar bambas quanto mais perto da porta eu chegava. Taehyung colocou uma das mãos nas minhas costas e me deu um leve empurrãozinho para eu continuar o meu caminho. Toquei sua mão nas minhas costas e continuei meu caminho. Quando abri a porta, minha mãe, que estava sentada no sofá, levantou em um pulo e andou rapidamente até onde eu estava.

 – O que ele está fazendo aqui? – ela perguntou e apontou para Taehyung.

 – Vem, meu quarto é lá em cima. – segurei a mão de Taehyung e o puxei até as escadas. Minha mãe segurou meu braço e o apertou. – Mãe, me solta.

 – Você deveria estar no jantar com o meu amigo e agora, aparece na minha casa com esse traste?

 – Pode ficar tranquila, você não precisa mais se preocupar com isso. – me desvencilhei do seu aperto. – Vou pegar as minhas coisas.

 – Vou te ajudar com as roupas. – Taehyung subiu primeiro e eu o segui. Quando chegamos no meu quarto, meu pai já estava com a mala aberta em cima da minha cama. – Pode deixar que eu cuido disso agora, senhor.

 – Tudo bem. – meu pai segurou as minhas mãos. – Ah, pimpolha... Eu sinto tanto pelo que aconteceu, eu não fazia ideia!

 – Estou melhor agora, pai, e a culpa não é sua. – soltei suas mãos gentilmente e andei até o guarda-roupa. – Taehyung, vou separar algumas roupas e você as coloca dentro da mala?

 – É claro, não se esqueça de pegar as suas coisas de higiene pessoal. – ele pegou as roupas que eu já tinha em meus braços. – Se preferir, eu posso pedir à Amanda que compre o que faltar.

 – Não vamos incomodá-la ainda mais. Tenho tudo o que preciso e o que eu mais quero nesse momento, é ir embora.

 – Você não vai sair com ele! – minha mãe gritou assim que entrou no quarto e Taehyung ficou do meu lado. – Se você sair por aquela porta, eu vou atrás da polícia!

 – Por qual motivo, senhora? – Taehyung perguntou confiante. – Sua filha não está fazendo nada contra a própria vontade. Ela está mais segura comigo do que com alguém que instala um GPS no celular da própria filha sem que ela fique sabendo ou que marca um encontro com um homem que a assediou durante dois anos inteiros e que, mesmo com filmagens que provassem o assédio, preferiu acreditar no homem e não na filha. Sem contar os outros fatos que provam o abuso de poder materno. – ele se aproximou dela. – Não me interprete mal, senhora, mas se for atrás da polícia, eu também vou. A pena mínima para tudo o que você fez são de dois anos e quando for solta, terá que usar uma tornozeleira eletrônica por ser considerada cúmplice do seu "amigo".

Arregalei os olhos assim como minha mãe. Como Taehyung sabia das filmagens? Como sabe o que aconteceria com a minha mãe se fosse presa?

 – Pimpolha. – meu pai chamou. – Termine de arrumar as suas coisas, eu e sua mãe teremos uma conversa depois que vocês forem. – ele agarrou o pulso da minha mãe e a puxou para fora do quarto. – Espero vocês lá embaixo.

Assenti e ambos saíram do quarto. Minhas pernas ficaram bambas e Taehyung me ajudou a sentar na cama.

 – _________... – ele me chamou e acariciou meu rosto. – Não vamos fazer nada que não queira.

 – Quero sair logo daqui. – olhei no fundo dos seus olhos. – Só isso.

Taehyung concordou lentamente e quando fui levantar, ele me manteve sentada. O encarei confusa enquanto observava ele terminar de arrumar as minhas coisas. Eu não desviei o olhar nem por um segundo, Taehyung parecia tão sério e concentrado, me peguei admirando cada pequeno detalhe dele. Mordi o lábio inferior e sorri de canto.