Capítulo 14

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— Agora, aonde está o meu beijo? — Jaime perguntou, fechando a porta atrás de si. — Você disse que me daria um mais tarde.

— Eu disse?

— Sem desculpas, não estamos em público agora, hétero gay.

— Já disse para não me chamar assim!

— Então me dê o beijo, como prometido.

— Prometido? — cruzei meus braços. — Eu não prometi nada, senhor.

— Adam, sério? — resmungou, me fazendo morde o lábio inferior para impedir uma risada.

— Aonde está o almoço que você disse que faria?

— Não muda de assunto.

— Não estou mudando de assunto, querido.

— Eu vou fazer o almoço, mas depois de um beijo.

Não conseguido me segurar mais, a risada veio a tona, espancando dos meus lábios.

— Como você é carente! — eu disse, colocando as minhas mãos nas bochechas dele e o beijando rápido. — Feliz agora?

— Muito.

Ele apertou minha cintura e me beijou de novo. Nos afastamos por questões de segundo e voltamos ao beijo, enquanto eu agarrava seu cabelo e ele a minha cintura.
Começamos a andar durante o beijo, quase caindo no chão.
Quando nos afastamos de novo, tudo que ouvi foi uma batida forte na porta, já que antes que eu pudesse abrir meus olhos tínhamos voltado ao beijo outra vez.
Senti meu corpo sendo jogado contra algo macio e confortável, provavelmente a cama.
Nossos lábios se afastaram e eu finalmente pude abrir meus olhos. Foi quando eu vi Jaime tirando sua camiseta e eu entendi o que iria vim pela frente.
Sendo assim, também tirei a minha camiseta, jogando-a no chão, junto com a de Jaime.
Ele se aproximou de novo e dessa vez beijou cada parte do meu corpo.

— Você é arte para mim, professor Adam.


Conseguia escutar cada respiração e cada batida do coração de Jaime, já que eu estava com a cabeça apoiada em seu peito nu, depois de termos feito sexo.
Foi a minha primeira vez, eu pensei Minha primeira vez com um homem.
A respiração dele era calma, como os batimentos do seu coração, apenas iam e viam, calmamente, sem pressa alguma.
Com a ajuda dos meus dedos, percorri todo o corpo de Jaime, até chegar no seu lábio.

— Eu também te amo — sussurrei, respondendo o Jaime que uma vez observou uma paisagem linda no próprio carro, comigo ao lado. E aquele Jaime, ele disse que me amava. — Eu também amo você, Jaime.

Nenhuma resposta veio, é claro.
Então, eu deixei um rápido beijo em seu lábio, antes de me conforta e voltar a dormir.


— Adam?

Abri meus olhos devagar.

— Jaime? — eu perguntei, tentando forma uma imagem menos embasada. — Seu cabelo está molhado?

— Eu tomei um banho — explicou. — É melhor você tomar um também.

— Por quê?

— Porque fizemos sexo, não é óbvio? — me questionou. — Você era virgem, gay hétero?

— Já disse para não me chamar assim! — minha visão ficou melhor. — E eu não era virgem!

Escutei sua risada, daquelas bem gostosa, e também comecei a rir.

— Então vai tomar banho.

— Não quero levantar daqui.

— Eu tenho banheira, quer que eu encha a água pra você? — balancei a cabeça em reposta e ele beijou minha testa, antes de continuar: — Tudo bem, então vou enche-lá com água bem quente.

Jaime saiu do meu campo de visão, e eu apenas escutei o barulho da água caindo na banheira.
Dentro de alguns minutos, ele estava de volta.

— Pode ir, preguiçoso.

— Você não vai me carregar até a banheira?

— É sério isso?

— Por favor.

— Tudo bem — ele me segurou em seu colo. — Mas não se acostuma, não sou seu escravo.

— Não, é só o amor da minha vida mesmo.

Observei suas bochechas ficarem vermelhas e ele me encarar confuso. E eu entendo isso, afinal, não é todo dia que digo algo fofo, já que sempre uso como desculpa o fato de ainda estar confuso com a minha sexualidade. Todas às vezes que Jaime diz "eu amo você" e eu respondo "ainda não posso dizer o mesmo".
Mas a quem eu quero enganar? Já fazem quantos meses mesmo que estamos juntos, de alguma forma? Se eu fosse hétero, então teria caído fora no primeiro ou segundo dia. Não duraria nem uma semana.
Jaime me colocou na água quente e saiu do banheiro, me deixando fazer o resto sozinho.

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