Capítulo 8

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— Podemos ir? — escutei Jaime pergunta lá do andar de baixo.

— Eu já vou! — gritei de volta, pegando meu celular e descendo as escadas.
Jaime já me esperava na porta, com suas roupas de banho. E uau! O corpo dele é mais bonito do que eu pensei. Não é atoa que ele é professor de educação física.
Ele sorriu para mim e saímos do nosso quarto. Descemos pelo elevador e demos uma pequena caminhada para chegar até onde estavam as piscinas.

— Jaime, aqui! — o chamei, até uma mesa na beira da piscina, aonde deixamos nossas coisas.
Me sento na cadeira e encaro o céu, totalmente ensolarado e com nuvens branquinhas. Foi bom ter aceitado vim com Jaime para o parque aquático, eu não aguentaria nenhum segundo desse calor em minha casa.

— Você não vai ir para a piscina?

Ergui os olhos e vi Jaime passando protetor solar no rosto.

— Agora não.

— E protetor? Você não vai passar?

— Eu já passei no quarto.

— Então pode em ajudar? — perguntou. — Pode passar nas minhas costas?

— Claro — me sentindo um pouco envergonhado, peguei o protetor solar e passei nas costas dele. — Pronto.

— Obrigado, professor.

Ele piscou para mim e então saiu para a piscina, entrando com um pulo que espirrou água para todos os cantos.
Deixei um sorriso pequeno escapar, enquanto o olhava nadar.
De repente, ele parou e acenou para mim. Acenei de volta.

— Tem certeza que não quer vim agora? — ele gritou.
Desviei o olhar, pensando um pouco na minha resposta.
Respiro fundo e me levanto.

— Estou indo! — gritei de volta para ele.
Diferente de Jaime, entrei na piscina pela escada, em vez de dar um pulo.
Olhei em volta, procurando por ele.

— Cadê você? — sussurrei para mim. — Você estava aqui agora mesmo.

Senti algo agarrar minha cintura e, de repente, eu fui puxado para baixo, afundando meu corpo todo na água.
Comecei a gritar, e desesperado, voltei para a superfície. E, assim que o fiz, escutei a risada de Jaime.

— Procurando por mim, professor Adam?

— Seu idiota! — joguei água nele. — Você enlouqueceu? E se eu tivesse morrido afogado? Não me assusta assim de novo!

Sua gargalhada ficou mais alta.

— Pare de rir!

— Me desculpa, professor — bufei para ele. — Vem, vamos mais pro fundo.

— Tudo bem.

Ele foi nadando em minha frente, mas como eu não sei nadar, apenas tentei andar o mais rápido possível de baixo da água.
A piscina, portanto, foi ficando mais funda, me fazendo ficar nas pontas dos pés.

— Jaime!

— Sim?

— Aqui está bom.

— Só estamos na metade da piscina.

— Mas é muito fundo!

— É sério isso?

— É sério! — exclamei. — Eu estou nas pontas dos pés!

— Isso é tão fofo — ele riu. — Vem aqui.

Jaime me pegou no colo e então, senti minhas bochechas arderem.

— M-m-me solte!

— Apenas relaxa, baixinho.

— Baixinho? Eu não sou...

— Então essa piscina não deveria ser funda para você, professor. — interrompeu.
Apoie minha cabeça em seu ombro, sentindo o cheiro de protetor solar molhado sobre seu corpo e fechei meus olhos.
Apenas escutei o barulho da água se mexendo devagar, enquanto Jaime me carregava nos braços deles.
De repente, ele colocou as duas mãos em minha cintura e me puxou para cima, me fazendo sentar na beirada da piscina.

— Pacote entregue. — ele piscou para mim, com um sorriso brincalhão. Apenas sorri de volta, ainda sentindo minhas bochechas queimarem.
Envolvi meus pés, ainda na água, sobre seu corpo e o puxei mais para perto.
Coloquei minhas mãos em seu cabelo que sempre está bagunçado, agora molhado e comecei a acariciar. Ele apenas fechou os olhos, enquanto um enorme sorriso parecia sustentar o seu rosto.
Quando eu percebi o que estava fazendo, me afastei. Retirando minhas pernas da água e afastando minha mão do seu cabelo.

— O que você acha da gente ir naquele toboágua? — ele perguntou, de repente, apontando para o tobogã, como se nada tivesse acontecido.
Olhei para onde seu dedo apontava e vi um enorme toboágua amarelo.

— Eu acho uma péssima ideia.

— Você tem medo, professor Adam?

— Tenho! Algum problema?

Ele começou a rir.

— Nenhum — ele saiu da piscina e eu me levantei do chão. — Mas eu vou ir, pode me esperar lá em baixo?

— Ok.

Ele foi andando até as escadas que levavam até o toboágua, e eu apenas entrei na piscina que ele iria cair, mas antes, peguei meu óculos de sol para poder olhar Jaime lá de cima sem que meus olhos ficassem irritados por contam do sol.
A fila não estava muito grande, porém tinha algumas pessoas na frente dele que eu vi cairem na água antes. Mas enfim, chegou a vez dele.
Cheguei mais perto do toboágua quando eu vi que ele iria cair e aconteceu. Jaime caiu, despejando água para todo lugar.
Voltando à superfície e saindo de perto do tobogã, ele veio até mim rindo.

— Foi muito divertido!

— Isso é loucura! — rebati. — Olha o tamanho disso!

— Nem é tão grande assim — ele se aproximou do meu ouvido e sussurrou: — Eu conheço coisas maiores.

— Ah, claro — me afastei, rapidamente. — Você vai ir em outro?

Ele olhou em volta.

— Vem comigo!

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