— Quer sorvete? — perguntei. — Eu pago.
— Pode deixar que eu pago.
— Jaime, por favor, você já pagou o nosso almoço — retruquei. — Então, me deixe pagar o sorvete.
— Tudo bem, professor Adam.
— Obrigado, professor Jaime.
Notando o sarcasmos em minha voz, ele dá uma risada rápida e fraca.
Nós dois pegamos um pequeno pote de plástico. Jaime colocou 3 bolas de sabores diferentes em seu pote. Uma de chocolate, outra de côco e a última de creme. Eu, por minha vez, coloquei apenas duas bolas de morango, com cobertura de chocolate.
Eu paguei pelos nosso sorvete e saímos do restaurante, comendo.— Você ainda vai na piscina hoje? — perguntei a Jaime. — Porque eu vou subir e tomar um banho.
— Então eu vou com você.
— Ok.
Sendo assim, ele me acompanhou até o quarto onde estávamos hospedados.
Jaime saiu da piscina e começou a andar em minha direção, enquanto água pingava do seu corpo e do seu cabelo escuro.
Mordo meu lábio inferior.
Ele é tão sexy. Porra.— Aproveitando seu último dia aqui? — ele pegou uma toalha e tentou secar o cabelo enquanto se sentava na cadeira ao meu lado.
Fechei meu livro e o coloquei em cima da mesa. É inútil ler se eu não consigo prestar atenção. Não faço ideia de quantas vezes eu olhei sobre em cima do livro apenas para ver Jaime nadando na piscina e morrendo de ciúmes quando alguém parava para conversa com ele.
Quero ir para casa.
O que estava acontecendo mesmo na história do meu livro? Bryan... Bryan... O personagem principal. O que diabos aconteceu com ele?
Encaro o livro sobre a mesa e fecho meus olhos em seguida, pensando em quantas páginas vou ter que ler de novo.— Adam?
— Sim, eu estou aproveitando. — eu respondi, me lembrando que ele tinha me feito uma pergunta alguns segundos atrás.
Ele para de tentar secar o cabelo e joga a toalha por cima da bolsa. Seu cabelo continua molhado, mas não tanto quanto antes.— Você é um mentiroso, Adam. Quando tempo faz que está lendo esse livro?
Lendo?, respondi mentalmente, Eu com certeza não estava lendo.
— Algum tempo, eu acho.
— E é assim que aproveita suas férias de verão no parque aquático?
— Eu acho que não, mas acho que sim.
— Como assim?
— Eu fui o suficiente na piscina.
— Não estou falando disso, mas sim porque você simplesmente não vai em algum brinquedo? — perguntou. — Poderíamos ir juntos! Tem um toboágua que desce com a bóia, e na bóia vai duas pessoas.
— Aposto que esse é o único brinquedo que você não foi.
— Sim e por isso você vai comigo, não vai?
Desviei o olhar.
Não vai ser dessa vez.— Pode esquecer.
— Fala sério!
— Eu tenho medo!
— Eu sei e por isso podemos superar seu medo juntos!
— Não.
— Vamos lá, vai ser divertido!
— Não e não.
Escuto o ranger da cadeira e olho para ele, que agora está em pé.
— Você venceu — comemorei mentalmente. — Então eu vou tentar convencer outra pessoa a ir comigo.
— Espera, o que? — eu retirei meu óculos de sol e me levantei da cadeira também. — Você não pode fazer isso!
Ele sorriu.
— E por que não, professor?
— P-p-por que... por que...
Um garoto mais ou menos da minha altura, com os olhos azuis e o cabelo ruivo, passou em nossa frente, apenas com uma sunga verde.
Jaime caminhou até ele e minhas pernas automaticamente foram atrás dele.— Ei, garoto!
Ele se virou e vi que seu rosto era repleto de sardas, o que o fazia ser um tanto fofo.
O menino ergue uma sobrancelha, confuso.— Perdão, está falando comigo?
Antes que Jaime pudesse responder, o puxei pela mão e gritei:
— Não! Ele não está falando com você! Vá embora!
O ruivo parecia ter ficado mais confuso, porém me obedeceu e foi embora, com passos rápidos. Com certeza deve pensar que somos malucos.
— Por que fez isso? — Jaime se virou para mim, com um sorriso imenso. — Eu sou gay e ele tinha uma bunda bem maior que a sua, digamos assim.
— Você fica reparando na minha bunda?!
Ele começa a gargalhar sem parar enquanto sinto minhas bochechas arderem.
— S-se você continuar rindo — gaguejei. — Eu não vou mais naquele maldito brinquedo!
Como esperado, ele calou sua risada.
— Então você vai?
— Vou, não precisa ficar procurando por pessoas desconhecidas.
— Por quê?
— É perigoso! E se for um sequestrador?
— Eu acho que sequestradores não vem para parques aquáticos.
— Não tem como saber! — exclamei, na minha falha tentativa de esconder um ciúmes idiota. — Você está mais seguro comigo, então apenas vamos logo, pode ser?
— Com certeza.
Jaime então me mostrou qual era o caminho até o brinquedo. E, quando chegamos lá, fique feliz que primeiro iríamos ter que enfrentar uma fila gigante.
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Teachers
RomanceAdam Christopher, sempre foi apaixonado por história, assim como seu prazer em ensinar também sempre veio acompanho dele. Sendo assim, nada o impediu de se torna um jovem professor de história, que trabalha em uma escola da Califórnia. Adam ama seu...