Ah, se você espera que eu comece falando o nome dela, quantos anos tem, que nem nos livros do Rick Riordan, sai daqui! Eu até vou menciona-los, mas do meu jeito.

Consigo vê-la de onde estou sentada, comprando café na concorrente dessa cafeteria. Ou seja, ela está no Starbucks. Coincidentemente também está sentada. Tá, avanço para ir mais rápido ativado!

Lembram da menina loira que falei mais cedo? Então! Lá está ela, aquela ali é a Aaliyah. Infeliz, né? Mas seu nome foi escolhido por pessoas como ela. A mesma foi adotada por brasileiros, mas está há 2 anos fazendo intercâmbio aqui nos Estados Unidos da América. Encontra-se no primeiro ano de algum curso da faculdade, que eu não faço a mínima ideia de qual seja, e está sempre acompanhada da melhor amiga, com exceção do dia de hoje. Por ter passado a maior parte da vida em um país tropical, ela acaba odiando esse clima de hoje.

Além de que, com o vento gelado ela também precisa mudar seu modo de se vestir. Apesar de conseguir sempre sair com garotos que agradem ela, Aaliyah acha que roupas mais curtas, um pouco relacionadas com o clima do Brasil, facilitam mais a sua vida.
Ah, garotas precoces no mundo sexual sempre existem e nunca entendo a razão de serem assim!

Mas, apesar de estar olhando para a mesma e falando dela, meu dever agora é falar de outra pessoa, o verdadeiro estopim de tudo que acontecerá daqui pra frente e que se encontra há algumas quadras daqui.

Já devem ter percebido que perco o foco algumas vezes, né? Ainda bem que não sou responsável por matar as pessoas, apenas por levá-las para o céu ou para o inferno, se não ainda teria muita gente viva nesse mundo. Voltando a nossa história!

Daqui a umas duas ou três quadras de distância, encontra-se Renee Gyeon. Essa sim é uma pessoa que merece um certo destaque dentre todos que irei falar. Com uma vida extremamente escorregadia e instável, Renee cresceu na Coreia do Sul, onde foi adotada por uma família super legal, mas não viveu exatamente debaixo do teto deles a vida inteira por motivos que não são importantes agora, e que não cabem a mim contar.

Ela pulou de cidade em cidade no país de origem, antes que tivesse que mudar até mesmo de continente. Não, Renee não arriscou ir pra China, Japão ou qualquer outro país asiático, simplesmente veio para os Estados Unidos da América na esperança de recomeçar tudo do zero. Ela está aqui há dois anos, vivendo como uma estudante de intercâmbio. Mas, sempre se mantém no nível de "Um olho no padre e outro na missa"

Agora eu estou vendo-a, já que meu deslocamento é algo que se passa despercebido. Posso estar onde eu quiser quando quiser. Enfim, o dia de Renee até que estava indo muito bem. Ela e sua melhor amiga, Emily, foram para o colégio e tiveram um bom dia. Não são populares, mas também não são invisíveis como a Mia em O Diário da Princesa.

Curiosamente, elas foram convidadas pelo grupo das popularzinhas para almoçar, que é o que estão fazendo agora. Mas, imaginem a cena como as Trixies convidando as Winx pra um chá. Não passa uma boa sensação de jeito algum, sendo assim, eu no lugar delas não viria. Se bem que, até poderia, não posso morrer. Bom, vou me ater ao diálogo delas

–Então, meninas –Emily começa falando. –Podem acabar com essa farsa. O que querem?

–Ah, Emily, faça me o favor. Não consegue acreditar em nós? –A loira oxigenada pergunta fingindo estar intrigada com a atitude de Emily.

–Verônica, nem que a gente quisesse muito!

–Então tá, Renee. Que tal nos falar do seu encontro com o Josh?

Vejo nossa garota se remexer desconfortavelmente. Renee ajeita o cabelo levemente cacheado pondo alguns fios atrás da orelha e tentando ao máximo desviar seus olhos negros dos olhos verdes de Verônica. Ela já achou estranho um dos caras principais do time do colégio tê-la chamado pra sair. Só aceitou porque Emily, como sua melhor amiga, insistiu que ela deveria dar um voto de confiança, mesmo a situação parecendo estranha. A verdadeira questão, é que o encontro não foi tão formidável assim.

As Joias do InfinitoWhere stories live. Discover now