Onde Começa minha história

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6 anos depois...

LUNA TOGATA

Rolando pela cama, eu suava frio, enquanto dizia palavras, que não podiam ser compreendidas. De repente, acordei com a respiração ofegante e assustada, assim como todas as manhãs. Meu coração batia acelerado e minhas mãos tremiam. Depois de alguns minutos, percebi que se passava apenas por mais um pesadelo.

Me sentei na cama e levei meu olhar para a janela, onde, através das frestas da cortina, os raios solares passavam e invadiam o quarto, o iluminando. Depois, fui observando o resto do lugar e os detalhes, enquanto controlava a respiração.

Havia seis anos que os pesadelos aconteciam, sem cessar. Toda as noites era a mesma coisa: flashes e recordações dos dias que minha mãe me machucava, ou meu poder se descontrolando e machucando meu pai e Mirio. Porém, dessa vez não havia sido nada daquilo. Meu pesadelo era o mundo destruído, tudo era apenas pó e restos do que havia sido, um dia, uma cidade. E a culpa tinha sido toda minha.

Enquanto eu pensava no pesadelo, ouvi batidas na minha porta.

-- Luna, acorda! Você vai se atrasar para a sua aula, filha.

-- Já estou indo, pai.- digo, já de pé.

Segui para o banheiro, onde fiz a minha higiene matinal. Depois de vestir o uniforme, me preparei para ir ao meu pesadelo acordada: a escola. Atualmente, eu estudo na Shiketsu. Devido a um trato feito com minha mãe à cerca de um ano atrás, comecei a estudar em uma academia de heróis.

• • •

Um ano antes

Nesse ano, papai resolveu que nós deveríamos mudar de casa. Mirio gostou da idéia e ficou empolgado, como o esperado. Quanto a mim, eu fiquei aliviada por sair daquela casa, pois a todo o lugar que meu olhar passava, as recordações do passado voltavam a minha mente.

Nos mudamos para uma casa um tanto maior que a anterior e para um bairro mais calma. Além disso, tive que ser transferida para uma escola próxima de casa, devido a antiga ser do outro lado da cidade. Para meu irmão foi vantajoso, pois ele já estava estudando da Yueei e a nova casa era mais próxima.

Em um dia comum, eu voltava à pé para casa, assim como o habitual. Quando cheguei em casa, coloquei as chaves na tranca e destranquei a porta. Para a minha surpresa, ela estava sentada em uma poltrona. Após me ver, minha mãe sorriu e se levantou.

-- Olá querida. Tudo bem?- ela disse se aproximando.

-- Não chega perto de mim!- grito ativando minha individualidade.

-- Tenho certeza que não há necessidade de tomarmos medidas tão agressivas quanto essas, filha.- ela disse.

-- Como entrou? É o que quer?- perguntei ríspida.

-- Isso é uma das regalias de ter uma individualidade que me deixa permeável.- eu tinha esquecido que ela tinha o mesmo poder do meu irmão.

-- Você não respondeu a minha segunda pergunta. E se veio até por nada, pode já ir saíndo.- digo.

-- Na verdade, eu vim até aqui para te levar. Eu consegui o processo que, a partir de hoje, me torna, novamente, sua responsável.- meus olhos se arregalaram.

𝐇𝐄𝐑𝐎𝐄𝐒 𝐒𝐓𝐈𝐋𝐋 𝐂𝐑𝐘 • 𝐁𝐍𝐇𝐀Tempat cerita menjadi hidup. Temukan sekarang