- Você não fez isso... fez? - Ele deu um passo lento em minha direção, ainda com os braços abarrotados de roupas. - Me jogou a droga de um sapato? - Ele disse, segurando o pé de sapato em uma das mãos, com um olhar ameaçador.

- Ehh... t-talvez... olha não é a minha culpa! Eu te disse que eu tinha que... tinha que... - Perdi as palavras, quando vi o garoto correr para cima de mim igual a um lutador de sumô. - TAEHYUNG! - Só deu tempo de gritar isso, já que no seguinte instante eu estava no chão.

Eu, Kim Taehyung e um monte de roupas.

- Quer saber? VOCÊ É COMPLETAMENTE MALUCO! - EU gritei, enquanto rolavamos no chão, nada diferente de dois animais.

- Eu? Maluco?! Você não viu nada! -  Quando ele agarrou a minha cabeça eu mordi o seu braço. - Ai! Filho da mãe, eu não acredito!

- Culpa sua seu desequilibrado! - Dessa vez eu fui por cima, trocando tapas com o outro que por sinal era bem mais forte do que eu.

- Eu te mato Jimin! - Ele segurou os meus braços. - Seu fedido, do caralho!

- Fedido é o seu hamster, que nem banho toma! - Eu gritei, completamente possesso, avançando de novo, fazendo os nossos corpos rolarem no chão. - Me deixa sofrer em paz!

- É um porquinho da índia seu idiota! E ele toma banho sim! Respeita os Senhor Hamster, seu monstro! - Gritou de volta, me estapeando também na mesma intensidade, enquanto gritava algumas coisas incompreensíveis, talvez ele estivesse me xingando em latim.

- E porque aquele fedorento chama Hamster?! Seu esquisito!

- Porque você disse que Senhor Picles era feio, e bobo, e tosto! E concordou que ele era pequeno e fofinho e deveria se chamar Hamster! - Ele justificou puxando as minhas bochechas com toda a força, fazendo o meu rosto arder como nunca.

- Pois agora que ele parece um Hipopotamo o nome é feio do mesmo jeito! - Gritei puxando as madeixas dele para baixo.

- O QUE? - Seus olhos se arregalaram como nunca, em pura indignação, tal que logo se transformou em raiva, que por sua vez se tornou um Tae puxando os meus cabelos também. -Retira o que disse! Retira agora!

- Eu não retiro nunca, ele parece um leitão, igualzinho a você. - Disse e logo fiz questão de morder o seu ombro.

- AHGH! Eu te odeio! Pois quando eu disse que você tinha uma estatura normal, eu menti! Você parece um Oompa Loompa! Seu pigmeu, anão de jardim, pintor de roda pé! - Bradou me amarrando com as pernas, enquanto eu me debatia no abraço da morte.

- Me solta! - Eu gritei dessa vez, beliscando a barriguinha branca dele, que agora estava de fora, recebendo um grito como resposta.

- Não! Você falou do Senhor Hamster! Seu filho da mãe, retira o que disse sobre o meu filho! - Ele me apertou, intercalando as palavras enquanto tentava me segurar. - Desiste! Eu fico forte quanto eu fico zangado!

- Desculpa! - Eu pedi em desespero, completamente sem folego, ofegante, e sem sucesso na minha fuga. - Eu vou chutar o seu pinto!

- Não! Agora pede perdão. E o seu pé também não alcança! Porque a sua perna é curta.

Eu resfoleguei, ultrajado, e mesmo ofegante eu fiz questão de usar a minha ultima arma.

CABARETWhere stories live. Discover now