Capítulo 1

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- Ê vício maldito, hein?! – Diz um segurança a uma garota de programa que está na porta de um bordel segurando um cigarro enquanto atira fumaça para o alto depois de uma tragada.

Seu nome é Francine, 21 anos, cabelos compridos e loiros, corpo magro e seios pequenos. Faz a vida para sustentar a dela, uma maldita vida de puta. Francine olha pra trás e responde:

- Essa é a única coisa boa que a vida de puta da pra gente, o prazer de fumar um cigarro depois de uma boa trepada.

O segurança ri quando ouve a resposta de Francine.

- E sem nenhum chato pra te azucrinar, não é mesmo?

- Como não tenho? E você, seu chato?!

Os dois caem na gargalhada. Mas a alegria dura pouco. Frequentadores de uma igreja vizinha passam e olham para Francine, vestida apenas com um short curto preto e um sutiã vermelho de renda cobrindo os seios. Uma mulher vestida com saia azul marinho e camisa abotoada até o pescoço dispara:

- Pervertida, pecadora, merece ir para o inferno!

Francine enfurecida não deixa por menos.

- Vá a merda, sua crente filha da puta!

Enfurecida a mulher para, vira de costas e mostrando a bíblia fala:

- Eu vou fazer de tudo pra tirar esse antro de perdição daqui. Não é certo um... um....

- Puteiro? É isso que a senhora tá querendo dizer? – Completa Francine.

A mulher decide ir embora, Francine termina o cigarro, joga a bituca no chão e atravessa a avenida. Chegando ao ponto de ônibus ela tira o celular do bolso e começa a digitar. Distraída não percebe a aproximação de um rapaz montado em uma bicicleta e continua digitando, quando de repente o telefone é tirado de suas mãos.

- Filho da puta!

Seu coração dispara por causa do susto. Trabalhava por aquelas bandas há anos. Por tantas vezes presenciou gente sendo roubada, apanhando, mas nunca pensou que um dia poderia ser a vez dela, mas a hora dela havia chegado.

E não demorou muito para os curiosos aparecerem, principalmente pessoas da igreja vizinha do bordel onde Francine trabalhava.

- Tudo bem com você, moça? – Perguntou um homem, todo vestido num terno azul marinho.

Francine, sentada em um banco levantou a cabeça um pouco, viu o rosto do homem de relance.

- Tô sim, obrigada.

O homem estendeu a mão para ela, mas Francine não o cumprimentou, pois viu que ele segurava uma bíblia em sua mão direita.

- Há, me desculpe. Meu nome é Ezequias Custódio.

Para não parecer chata Francine apertou a mão de Custódio, um pouco sem graça.

- Há, meu nome é Francine. – Disse ela.

Conversaram por alguns minutos até o ônibus de Custódio chegar e ele ir embora. Francine ficou pensando o porquê de aquele homem ter tradado ela tão bem. No dia seguinte dentro de seu quarto no bordel, ela ajeitava as coisas. Calcinhas estavam espalhadas pelo chão, sutiãs jaziam pendurados na cabeceira da cama e preservativos usados esparramados pelo chão, uma verdadeira usina de sujeira dentro do local de trabalho de Francine.

Em nome do paiWhere stories live. Discover now