E se fosse verdade || Concluída

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Jungkook:

O sol batia forte no meu rosto, me fazendo despertar do sono profundo. Fazia tanto tempo que eu não dormia bem desse jeito. Sentia meu corpo mais descansado e...

— JIMIN!! - Levantei assustado! — Jimin???

— Estou aqui, Jungkook.

Suspirei aliviado ao vê-lo sentado na poltrona do quarto. Por um instante achei que o tinha perdido. Levantei da cama e comecei a calçar os sapatos com pressa.

— Onde você vai?

— Minnie, quando nos conhecemos eu ficava repetindo que você estava morto. Mas, na verdade, eu é que estava morto! Você... você me salvou, me trouxe de volta à vida. Agora é a minha vez de salvar você. — Terminei de calçar os sapatos e me levantei, ficando de frente para ele.

— Como? — Ele perguntou curioso.

— Simples, eu vou roubar o seu corpo. — Dei uma piscadinha para ele.

Saí do quarto, deixando Jimin confuso para trás. Peguei as chaves do carro e desci as escadas correndo. Já eram nove e meia da manhã, eu teria pouco mais de duas horas antes que desligassem os aparelhos.

Alcancei a rua rapidamente e abri a porta do carro. Antes de entrar, vi Jimin correndo na minha direção, chamando por mim.

— Jungkook, por favor. Não faça isso!

— Por que não?

— Você vai ser preso!

— E acha que eu me importo se algo acontecer comigo? Pelo menos vamos ganhar algum tempo.

Seus olhos se fixaram nos meus e ele engoliu a seco. Eu estava decidido a fazer essa loucura, mas precisava da sua ajuda e ele sabia disso.

— Jungkook, você vai precisar de uma van e alguém sem escrúpulos! — Sorri ao ver que ele tinha finalmente concordado com o meu plano.

— Eu tenho a pessoa certa para isso! — Levei o celular imediatamente até o meu ouvido. — Alô? Taehyung!

[...]

Uma hora depois eu já tinha convencido Taehyung a me ajudar. Pedi que nos encontrasse com a van que o tio dele usava para fazer entregas do pequeno mercado da família. Tomei a direção, já que eu tinha mais prática com veículos grandes.

— Kookie, para onde estamos indo? — Ele perguntou enquanto se encolhia no banco ao meu lado, morrendo de medo da velocidade que o veículo ganhava a cada segundo.

— Você não contou para ele? — Jimin gritava do banco de trás. — Jungkook, precisa dizer o que vai fazer! E tem mais uma coisa... esse cara não me é estranho. Eu conheço ele de algum lugar.

Eu dirigia feito um louco pelas ruas de Seul, tentando chegar o quanto antes ao hospital. Fiz uma curva fechada, quase subindo na calçada e quase atingindo um poste.

— Para onde estamos indo? — Taehyung tentava se segurar para não ter o corpo jogado de um lado para o outro.

— Para o hospital.

— E para que essa pressa toda?

— Ah... é... é que está tendo uma liquidação de camas de hospital e eu sempre quis ter uma. — Jimin gargalhou. A essa altura ele já deve ter percebido que eu sou péssimos em inventar desculpas.