E se fosse verdade || Concluída

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Boa leitura!

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Jungkook:

Eu não podia deixar que desligassem os aparelhos. Eu não podia simplesmente cruzar os braços e deixar que Jimin partisse. Eu não consegui ajudar o Jaebum, mas eu não vou deixar que Jimin escape de mim também. Deve ter alguma coisa que eu possa fazer e a primeira delas é tentar convencer o irmão dele a não assinar aqueles papéis.

— Jimin, me fale alguma coisa sobre o seu irmão. Uma fofoca, alguma mania, talvez. — Entramos de novo na minha caminhonete para voltarmos para a cidade.

— Bom... ele colecionava mangás quando era adolescente... e ele é intolerante a lactose...

— Isso não serve. Tem que ser alguma coisa que só você saiba. Só assim ele vai acreditar que eu posso te ver e falar com você.

Jimin parou por alguns instantes, acarinhando o próprio queixo, pensando em algo que pudesse ajudar naquela situação.

— Já sei! — O loiro arregalou os olhos. — Ele beijou um amigo do Namjoon pouco antes do casamento deles! Ninguém sabe disso, só eu. O nome dele era... era... Taetae! Isso, chamavam ele de Taetae.

— Ótimo! Acho que isso deve servir. Agora vamos torcer para que ele acredite em mim.

Dirigi o mais rápido que pude até a casa do irmão de Jimin. Estacionei bem na frente do portão e corri até a porta. A campainha soou distante e eu podia ouvir vozes de crianças vindo lá de dentro, provavelmente eram as sobrinhas de Jimin.

Pouco tempo depois, um homem alto e de ombros largos abriu a porta. Ele tinha as feições delicadas e os lábios carnudos assim como Jimin. Com certeza era o Jin.

— Pois não? — Me perguntou sorrindo.

— Olá, meu nome é Jeon Jungkook. Você é o irmão de Park Jimin, certo? — Eu suava frio, sem saber direito como iniciar aquela conversa.

— Sim, sou eu. Mas o que você deseja? — Ele perguntou novamente, com o cenho franzido.

— Bem, eu... poderíamos conversar sobre ele por um instante?

Eu percebi a hesitação dele em me deixar entrar, mas suavizou a expressão e me deu passagem. Jimin estava logo atrás de mim, e deu um suspiro aliviado por seu irmão não ter resistido tanto em deixar um estranho entrar na sua casa.

A porta foi fechada logo que eu entrei, e eu pude observar brevemente a casa grande e bonita. Tinha brinquedos espalhados por todos os lugares, mas o ambiente era bastante acolhedor.

— Entre, vamos até a cozinha. Mas me diga, Jungkook. De onde vocês se conhecem? Digo isso porque o Jimin não costumava sair com ninguém.

— Por que todo mundo tem que ficar falando disso? — Jimin revirou os olhos.

Acompanhei Jin até que duas menininhas saíram correndo de algum outro cômodo e se chocaram contra as minhas pernas.

— Meninas, cuidado. Vocês poderiam ter se machucado e machucado o Jungkook também. Peçam desculpas. — Ele falava firme com as meninas, mas sem deixar de ser doce.

— Desculpa, tio. — A menor delas disse com um biquinho nos lábios.

— Foi sem querer. — A mais velha se manifestou, chegando mais perto e pegando na minha mão.