Cap. 17. part 02

59 8 1
                                    


Meus olhos se voltaram para os fios de cabelos louros, pele clara e olhos azuis, quando o tal homem abriu um reluzente sorriso, me dou conta de que se trata do Augusto, o que ele está fazendo aqui? Deu para me perseguir agora? Seu jeito de andar m...

Oops! This image does not follow our content guidelines. To continue publishing, please remove it or upload a different image.

Meus olhos se voltaram para os fios de cabelos louros, pele clara e olhos azuis, quando o tal homem abriu um reluzente sorriso, me dou conta de que se trata do Augusto, o que ele está fazendo aqui? Deu para me perseguir agora? Seu jeito de andar másculo, sua pose de galã me deixa um pouco nervoso e ao mesmo tempo excitado, me fazendo esquecer que horas atrás estava aflito em fazer um teste pensando nas minhas tristezas:

— Será que eu posso me sentar com você? — perguntou ele, apoiando seu braço na madeira da cadeira, bem próximo a mim.

— Claro, por favor. — retribuo com um sorriso.

— Seu olho! — ele aponta para o meu rosto. — Ele está bem melhor, nem deixou marcas.

— Não vamos lembrar daquela noite, estou num incansável processo de esquecimento disso. — dou risadas.

— OK! Mudando de assunto em 3,2,1. Frequenta sempre esse lugar? — ele dá um meio sorriso, consigo sentir seu perfume carregado pelo vento até minhas narinas, caramba! Como ele é gostoso.

O garçom enfim chega com o meu prato, ao notar a presença de Augusto, antes que pudesse vir a minha mesa, ele apanha uma outra taça e as coloca em uma bandeja:

— Aqui está senhor! — ele nos serve o vinho e em seguida, pega em seu carrinho, o meu prato e me serve.

— Pelo visto tem bom gosto para vinhos também. — indaga Augusto lendo o rótulo da bebida.

— Sou um cara peculiar! — debocho.

— Peculiar até que ponto?

— Isso você terá que descobrir!

— Adoraria entrar nesse jogo, eu não sei nada sobre você! Só sei que levou um baita soco de um idiota.

— Adivinhou! Ele é um idiota.

Dou uma golada do meu vinho, sentindo o gosto doce em minha garganta e depois o leve saber seco. Cerro meu olhar para Augusto, me deixando me perder por esse jeito sedutor dele:

— Vamos lá! Me fale um pouco sobre você.

— Anh, eu me chamo Lucas, tenho vinte anos e recentemente acabei de assistir e depor em uma audiência na tentativa de colocar na cadeia uma pessoa, que um dia eu disse que a amava e... também acabei de fazer um teste de uma universidade concorrendo uma bolsa de intercambio. — desabafo essas palavras, perdendo a noção do que eu estou fazendo. Mas se ele procura sinceridade, melhor que eu seja.

— Isso é muita informação! — ele abre novamente um sorriso, que mais parece um verdadeiro anjo, consigo até imagina-lo com par de asas nas costas.

— Desculpe, eu sei, falo demais. — reviro os olhos.

— Bom, meu nome é Augusto como te falei no bar, e recentemente me mudei para Belo Horizonte, conheci um cara meio doidinho, que se mete em confusões. Coitado, no fundo eu acho que ele é gente boa.

As Cores Sombrias do CoraçãoWhere stories live. Discover now