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Dois dias depois

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Dois dias depois.

Acordo sentindo um pouco de dor nas costas, acho que já estou ficando velho aos vinte anos, em meio a mais algumas bocejadas, apanho meu celular no criado mudo, desbloqueio a tela na esperança de ter alguma mensagem do Diego. Em meu subconsciente, algo me diz que ele se lembrou de mim e me enviou alguma coisa, mas a realidade diz outra, abro o aplicativo e NADA, nenhuma mensagem. Conforme-se Lucas ele é só o seu amigo.

O dia está lindo, nem muito quente, nem muito frio, dia perfeito para uma caminhada. Belo Horizonte por ser uma grande cidade, chega ser sufocante o ar daqui devido a muita poluição, sem falar do barulho estressante da avenida que liga meu bairro a outro. O clima daqui é meio louco, ora faz muito frio, ora faz muito calor. Mesmo andando debaixo de um sol forte, é sempre bom levar um guarda-chuva para se previnir.

Checo a hora no celular e... puta merda! Já estou mais que atrasado para mais um dos encontros do grupo. Me levanto ligeiramente, escovo os dentes e faço minhas higienes matinais. Passo rapidamente pela cozinha, avisto minha mãe terminando de tomar seu café para ir para o trabalho.

— Porque não me acordou? — pego uma fatia de pão no desespero e me sento ao lado dela.

— Eu nunca precisei de te acordar, sempre acordou cedo. — responde ela dando uma mordia em sua maçã.

— Acho que meu sonho estava tão bom que não quis acordar. — me sento do lado dela e continuo a comer meu pão.

— Cuidado com o que você sonha, sendo bom ou ruim, um dia pode acontecer.

Meu corpo se arrepia e engulo seco meu último pedaço de pão.

— Nossa mãe! Isso lá é coisa de dizer?

— Eu falo por experiência própria, sonhei que estava beijando seu pai no banheiro feminino no salão de festa, onde foi minha formatura. Não deu outra. — ela tentou conter o riso.

Fiquei preocupado e esperançoso ao mesmo tempo, só de imaginar se um dos meus sonhos se realizassem, como o do Diego no meu banheiro, me beijando lentamente, seus dentes beliscando meus lábios, suas mãos frias e molhadas passando pelo meu abdômen e descendo até a minha barriga, me fazendo seu escravo. Totalmente a sua mercê.

— Bom, se acontecer o que eu sonhei hoje, com certeza eu vou ficar muito feliz. — disfarço mina cara, ao pensar no meu último sonho. Minhas bochechas chegam a estarem avermelhadas com as lembranças.

— E posso saber qual foi esse sonho?

— Claro. — assento com a cabeça. — Eu fui aceito na UFMG para cursar medicina. - minto.

Minha mãe se levanta da cadeira e sai em direção a porta, me respondendo no caminho.

— Isso é um bom sinal, já estou vendo seu sonho se realizando. — grita da sala. — Mamãe tem que trabalhar, tchau filho. — bate a porta e escuto o barulho de seus saltos irem em direção ao elevador.

As Cores Sombrias do CoraçãoOnde histórias criam vida. Descubra agora