Salvation |ᵐᵃᶻᵉ ʳᵘⁿⁿᵉʳ- ⁿᵉʷᵗ|

06

- Eu me sinto bem lá dentro, me desculpe!

- Tudo bem, não vou te punir, não agora. Venha.

Ambos seguiram até a parede perto das árvores e lá estavam os nomes dos moradores e alguns deles estavam riscados. O aperto no peito de Georgia apareceu mais uma vez e ela engoliu seco.

- Eles morreram não é?

- Sim.

Alby sentia a falta de cada um deles, ele os tinha visto chegarem e depois morrerem tentando achar uma saída ou pelos irem por causa dos dias ruins que houvera na clareira.

- Aqui - Georgia encarou a faca e a segurou - Grave seu nome, onde quiser.

Ela encarou a parede e passou a mão sobre o nome de Newt, gravando seu nome ali, ao lado do dele, ficando desconfortável pelos olhares insistentes de Alby.

- Estava pensando num trabalho para você, ainda não falei com o Newt ou com os outros Guardiões...

- Quero correr.

- Isso você não pode, não ainda! São regras novatos não podem entrar no labirinto, não sem uma preparação antes.

- E você acha que eu preciso de preparação? Eu nocauteei a maior parte dos garotos, passei a noite no labirinto e ainda matei dois verdugos.

- Eu sei que você pode, só que não posso ficar abrindo exceções, você chegou descumprindo regras, não poso te dar um voto de confiança sem antes te ver em ação aqui dentro.

Um suspiro pesado deixou os lábios da garota e várias questões passaram por sua cabeça enquanto mudava seu olhar de direção. Ela sentiu raiva.

- Hoje eu quero você na enfermaria. Ajude Clint a cuidar dos outros garotos que exageraram uma bebida ontem.

Ela não tinha escolha, mesmo não sendo aquilo que ela queria, ela tinha que fazer. Ganhar a confiança de Alby e poder correr pelos corredores do labirinto, tentando achar uma saída. Seus passos silenciosos seguiram para pela clareira, Alby a questionava sobre algumas coisas e a maioria ela evitava falar.

- Não vai me perguntar sobre eu ter...

- Não - ele a interrompe - Newt bebeu demais ontem e abriu o bico. Você se lembra dele, são só lembranças...

- Não são apenas lembranças, foram coisas que eu fiz. - ela diz - E a maior parte delas são ruins. Não conte a ele.

Enfermaria estava cheio não apenas de garotos bêbados alguns deles estavam feridos. Ela sentiu os olhares curiosos dos garotos caírem sobre ela e caminhou até Clint que costurava um ferimento.

- Oi! Er, o Alby...

- Você pode limpar o chão onde eles dois vomitaram e depois cuidar dos machucados do Chuck. Só não roube nada.

Ela concordou engolindo seco e seguiu até onde os garotos estavam cheiro de vômito não embrulhou seu estômago nem nada do gênero, o que mostrou que seria fácil. Os olhares curiosos de cada um ali pareciam ter aumentado e Georgia parecia ter um enorme letreiro incandecebte no meio da testa. Eles estavam a deixando irritada, porém, ela respirou fundo e voltou sua atenção para o seu trabalho. O fato de ela estar com uma raiva súbita daquele jeito era normal?

- O que eu posso...

Clint não a deixava falar e nem sequer olhava para garota apenas dava as ordens. Depois do ocorrido no dia que ela acordou, ele havia perdido a confiança nela.

- O que aconteceu com você? - ela questionou se sentando em frente a Chuck que tinha uma blusa enrolada na mão.

- Só cortei a mão ajudando o Newt e o Brendon, acho que foi fundo. Você pode...

- Vai ficar conversando ou vai cuidar dos feridos trolha?

- Idiota! - ela sussurra vendo Chuck sorrir um pouco.

- Do que você me chamou? - a mão enfaixada de Clint, a qual George havia machucado quando acordou na enfermaria, parou no ombro da garota e ela se levantou parando a centímetros do garoto.

Mais uma vez a raiva tomou conta de seu corpo que desta parecia que ia explodir. Suas mãos se abriram e se fecharam várias e várias vezes, tentando se acalmar. Ela ainda tinha que cuidar de Chuck e provar pra Alby que era confiável.

- Se não me quer aqui diga ao Alby. Estou fazendo o que ele me pediu, aguentando suas merdad calada. Você nem ninguém é melhor que eu. Agora volte para os seus outros pacientes - ela se sentou novamente e segurou a mão do garoto lavando, limpando e fechando o ferimento com alguns panos e pontos improvisados, já que a agulha havia sido levada para o a labirinto por ela. - Pronto. Não faça esforço e se os pontos abrirem volte aqui.

Chuck deixou a enfermaria com um sorriso no rosto, a garota que ele achava "bonita" tinha cuidado dele. Coisa de criança.

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