na abóboda celeste.

Začít od začátku
                                    

Exigia certo tempo para cuidar de Plutão, mas ele não se importava porque era ótimo quando o colocava entre os cobertores e o via correndo animado por entre os tecidos, como se brincasse de esconde-esconde com seu dono. Jeon estava feliz.

E aquele momento com seus amigos apenas melhorava à medida que o tempo passava. Afinal, após se acabarem de tanto encher a paciência do ratinho, decidiram tomar algumas cervejas na varanda do apartamento. Seokjin estava fora, então Jungkook não sentia-se preocupado em atrapalhá-lo andando para lá e para cá na casa dos dois.

O vocalista do B612 se ajeitou contra o batente da varanda, vendo seus dois amigos se sentando nas cadeiras de praia que haviam colocado ali. Namjoon abria as garrafas e as entregava à medida que Hoseok colocava alguma música na caixinha de som portátil.

Por sua vez, Jeongguk sentia o cabelo – cada vez maior – contra o vento, um arrepio percorria a espinha à medida que sorria e sentia o peito encher de ar. Ar quente. Ou talvez era apenas amor. Não saberia dizer, caso o perguntassem, mas Jeongguk se sentia completamente cheio e era tão, tão incrível.

Estavam na varanda, o lugar favorito de Jeongguk em todo o mundo. E mesmo que amasse seu quarto, a vista dali e a brisa fresca faziam com que Jeon se sentisse avulso à tudo. Era inegável o quanto aquele lugar em específico o fazia bem.

— Eu tô orgulhoso de você. — Hoseok disse, fazendo o amigo tirar os olhos do céu para fitá-lo.

— Obrigado, hyung, é importante. — respondeu com um sorriso tímido antes de beber outro gole da cerveja ainda gelada. Suspirou profundamente e falou baixo: — Mas não sei se é o suficiente.

Namjoon o olhou, questionando:

— Como assim, Jungkook?

Logo, ele respirou mais profundamente do que a última vez. Coçou o queixo e desviou o olhar, pois era difícil se abrir com seus amigos, mas ele entendia que também era necessário. E estava na hora de se abrir, finalmente.

— É... É difícil de criar metas quando você nunca planejou crescer, de fato. — disse, embolando-se um pouco por causa da ansiedade que confundia seus pensamentos. — Tipo, eu nunca quis um futuro. Eu só queria ir para um lugar longe da casa da minha família. — olhou de soslaio para os dois que o encaravam atentamente antes de fitar a rua lá embaixo. — Só queria saber que eu ainda tinha um coração, que não era um inútil, rebelde e sem causa. Queria saber que tava sozinho nesse mundo, e... Eu tô. E isso já não é um problema. Mas agora eu tenho que planejar meu futuro enquanto tento ser minha própria casa em um novo lar.

Seus amigos ficaram em silêncio, como se precisassem de tempo para ingerir todas as suas palavras e o significado não tão simples que existia por trás delas.

A vida de Jeongguk nunca havia sido exatamente fácil, e a personalidade tão fechada e reservada dele era resultado de anos sendo deixado de lado pelos irmãos e pai. Mesmo que fosse complicado lidar com o jeito confuso do tatuado, quem o conhecia sabia que ele precisava de tempo e um espaço que nem todos estavam dispostos a dar.

— Você vai ficar bem, tudo vai ficar bem. — Namjoon disse.

Jung rapidamente concordou:

— Se precisar, você pode falar com a gente, ok?

E Jeongguk sorriu, mas não se sentia satisfeito ainda. Por isso, voltou a se explicar:

— Eu sinto muito por não conseguir falar. — encolheu os ombros, suspirando. — Sei que vocês sempre foram compreensivos quanto a isso, apesar de tudo, mas eu tô tentando me abrir mais. Eu até... Bom... Eu tô pensando em procurar um profissional.

Quando nos Vênus, juro a Marte | ji+kookKde žijí příběhy. Začni objevovat