27 - O peso de uma consequência.

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Jared Leto

Em segundos Willa apagou, completamente exausta, e eu passei a me questionar se dessa vez talvez não tinha pegado um tanto pesado com ela. Mas o sorriso lânguido que havia vislumbrado em seu lindo rosto me dizia que estava mais do que satisfeita com a troca de prazer intensa que havíamos compartilhado, e uma felicidade genuína me tomou por isso, embora meu corpo ainda estivesse com disposição para mais.

No entanto, não abusaria de seus limites só para satisfazer minhas vontades. Ela merecia um descanso.

Levantei devagar da cama para não acordá-la e segui para o banheiro. Fiquei um bom tempo embaixo do chuveiro, apenas sentindo a água morna descer gostosamente pelo meu corpo. Ainda estava com tesão e só bastou que fechasse os meus olhos e trouxesse à memória a imagem do seu corpo nu que estava deitado na minha cama naquele exato momento, para que o meu pau já excitado espasmasse e liberasse o líquido cristalino pela ponta. Agarrei-o na base e fechei os olhos, passando a me masturbar devagar, porém mantendo a pressão forte na mão enquanto espalmava a outra sobre o box de vidro.

Há anos nenhuma outra mulher fora capaz de dominar os meus pensamentos e desejos como ela estava fazendo. Nesses horríveis dias em que passamos longe um do outro, eu perdurava noites e noites em claro somente ansiando pelo momento em que a veria, tocaria, beijaria; e quando finalmente esse momento chegava, eu nunca sentia que era o suficiente para aplacar minha fome. Quanto mais a tinha, mais a desejava. Com tamanha intensidade que chegava a ser angustiante.

Enquanto bombeava forte e cada vez mais rápido minha ereção latejante, a todo o tempo eu imaginei ela. Lembrei da vez em que fodemos gostoso neste mesmo banheiro na primeira manhã que passara aqui, ela gemendo e choramingando com cada sacanagem que eu fazia questão de sussurrar em seu ouvido; da sensação que era ter o seu corpo suado abaixo do meu enquanto eu arremetia fundo em sua entrada apertadinha, beijando sua boca ferozmente; o cheiro delicioso de xampu de morango que invadia minhas narinas nas vezes que enterrava meu rosto entre os cabelos negros; a maciez da sua pele contra minha língua; a quentura abrasadora da bocetinha molhada sugando meu pau.

- Porra!

Rosnei alto quando meu abdome tensionou dolorosamente e esporrei no box e em minha mão toda, a onda de prazer me estremecendo da cabeça aos pés.

Respirei fundo até me recompor e passei só mais alguns minutos abaixo do jato de água antes de terminar de me ensaboar e desligar o registro. Foi somente após alcançar a toalha pendurada e passá-la pelo meu cabelo e rosto, que meus movimentos travaram quando subitamente um fato de enorme importância me ocorreu, e fechei os olhos em descrença ao tamanho da minha irresponsabilidade.

Não havíamos usado a merda do preservativo!

Essa não era a primeira vez que eu não me precavia com ela, mas diferente das anteriores, dessa vez eu não havia me retirado a tempo de dentro de seu corpo antes de gozar.

- Merda - respirei fundo, buscando calma, e amarrei a toalha em torno dos quadris. Não adiantava me estressar e agir feito um babaca agora. Já estava feito.

Já está feito, repeti firmemente em minha cabeça.

Além de que, assim como eu, ela também não lembrara na hora, e esses vacilos aconteciam o tempo todo. Não tínhamos qualquer doença transmissível, então pelo menos quanto a esse detalhe não havia com que se preocupar. Procurei também manter na minha mente que, como ela manteve uma relação com Peter, certamente fazia uso de contraceptivos. E caso o contrário, para correr algum risco de gravidez dependia muito sobre em que período estava o seu ciclo menstrual.

The Other Man - O AmanteWhere stories live. Discover now