The Other Man - O Amante

31 - Clímax.

Willa Sterling

Assim que coloquei os pés para fora do prédio, meus olhos instintivamente se conectaram aos dele, como sempre sendo fortemente golpeada pelo grande impacto que sua simples presença me trazia. Estava absurdamente lindo, vestido em uma camiseta social azul clara que deixava sua beleza ainda mais deslumbrante, usando as mangas arregaçadas até os cotovelos e os três primeiros botões abertos – o que já era uma das marcas registradas de todo o seu charme sedutor – e jeans escuros, os cabelos castanhos sedosos ligeiramente penteados para trás daquele jeito formal que, além de ser um total contraditório à sua barba selvagem e olhar que transbordava em promessas pecaminosas, somente contribuía para deixá-lo ainda mais ardentemente sexy.

Era uma noite de sexta-feira e ele viera me buscar exatamente no horário em que prometera: às oito. Havíamos passado a semana inteira longe um do outro devido à sua viagem, e, surpreendentemente, durante esse tempo Peter não me procurara. Jared estava sempre preocupado e perguntando a respeito, seja por mensagem ou ligação, mas para nosso grande alívio, meu ex-noivo não apareceu.

No fundo eu sabia que tudo estava tranquilo demais para ser verdade. Uma hora ou outra a tempestade viria, e eu teria que encará-la de frente quando acontecesse.

Balancei a cabeça, dispersando esses pensamentos e me forçando a concentrar somente no momento de agora.

Meu coração imediatamente se aqueceu ao vê-lo recostado em seu carro, um sorrisinho despontando no canto dos lábios rosados e as orbes incrivelmente azuis diretamente conectadas às minhas sem desviar um único segundo enquanto eu caminhava em sua direção, o coração martelando forte contra a caixa torácica. Eu já não aguentava mais de tanta saudade!

Será que um dia me acostumaria com todo esse turbilhão de emoções que esse homem me despertava?

– Oi, meu anjo – não hesitou antes de me segurar pela cintura com decisão, trazendo-me para junto do calor envolvente de seu corpo firme e eu sorri ao mesmo em que meu rosto inevitavelmente ruborizava. Ainda não havia me acostumado com ele se referindo a mim dessa forma, e me derretia feito uma idiota sempre que o fazia. – Uau!

Segurando minha mão, ergueu-a por sobre minha cabeça e me fez dar uma volta em meu próprio eixo, soltando um assovio de apreciação e me arrancando uma risada boba enquanto ele avaliava meu vestido azul marinho modelo frente única que deixava minhas costas completamente nuas, com o tecido da saia leve e esvoaçante e do qual captara minha atenção em uma vitrine aleatória que eu e Sophia passamos em frente dois dias atrás, e acabei não resistindo ao impulsivo desejo de comprá-lo especialmente para usar esta noite. Havia também passado um batom vermelho e armei meu cabelo em um coque frouxo, porém arrumado, completando com compridos brincos de correntes prateadas que ganhara de minha mãe e poucas vezes me lembrava de tê-los usado, e um salto scarpin preto. Queria me esforçar para sempre estar bonita diante dele, e agora eu não me importava mais com o fato de deixar isso evidente. A admiração genuína que eu agora via refletindo em suas íris azuis brilhantes me indicava que meu objetivo havia sido alcançado.

– Você está absolutamente linda! – trouxe-me de volta para junto de seu corpo e roçou seus lábios suavemente nos meus.

Eu estava um pouco hesitante em lhe fazer alguma demonstração muito explícita de afeto, considerando que estávamos em público e sabia que ele procurava sempre manter o máximo possível de sua vida íntima preservada. No entanto, sua expressão serena não me demonstrava nenhum resquício de preocupação quanto a isso.

– E você sabe como me deixar sem graça... – Respondi em um murmúrio tímido.

Jared abriu um sorriso de tirar o fôlego, fitando compenetradamente minha boca. Inclinou-se até poder sussurrar em meu ouvido, arrepiando-me da cabeça aos pés: