Point 2: Indo a Miami.

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Após sete horas de viajem, eu cheguei a mansão em Miami onde Richard estava. Na realidade, pelo o que Anderson me contará, era onde todos do grupo estavam.

Durante o tempo livre que eu tinha, ao invés de aproveitar para ver as séries que estavam atrasadas, os livros que nunca terminei ou até mesmo coisas da faculdade, eu fiquei mexendo no Instagram. A quantidade de seguidores que eu ganhava a cada dia apenas aumentava, e aquilo me chocava. Richard ainda não tinha apagado a postagem sobre nosso casamento, e cada vez mais pessoas tinham a chance de ver aquilo.

Meu dedo coçava para eu stalkear ele, mas me controlei. O quanto menos eu visse dele, melhor seria. Mas como Clary havia dito, ele realmente estava em todo lugar, e eu quis sumir ao ouvir suas musicas tocando tantas vezes no avião e no aeroporto. Já estava ficando cansada de CNCO em todos os lugares, porque parecia ser apenas um lembrete do grande erro que eu havia cometido.

A saída do aeroporto foi um inferno, me pegando de surpresa. Quando passei pelas portas de desembarque diversas câmeras me cercaram, assim como uma chuva de perguntas.

— É verdade que vocês tatuaram o nome um do outro?

— Há quanto tempo vocês estão juntos?

— Para quando é o bebê?

— Isso será o fim da banda?

— Richard se mudará para Seattle?

Anderson me ajudou a sair daquilo tudo, me guiando por entre as pessoas enquanto eu andava as cegas. Ele mantinha minha cabeça abaixada, parecendo querer me esconder o máximo possível.

Eu não consegui ver o caminho que fizemos para sair do aeroporto, e quando consegui enxergar algo além de um terno preto já estava entrando no carro.

Me afundei no banco de couro marrom, colocando os cotovelos nas pernas e escondendo o rosto entre as mãos, tentando respirar.

Meu Deus, o que estava acontecendo na minha vida? Há quatro dias eu era apenas uma estudante de direito, e agora estava casada com um astro do pop?

É por isso que minha mãe sempre me disse para ficar longe de tequila. Se tinha uma coisa que eu me lembrava da noite do meu aniversário era de ter bebido muito, e principalmente tequila. E ela era a vilã em amnesia. Por isso eu não me lembrava de absolutamente nada.

Voltei à realidade quando desci do carro e encarei a grande casa branca. Ela era a beira da praia, e as luzes na escada alternavam entre rosa e azul. Lá dentro a confusão parecia ser enorme, com o som abafado, a fumaça saindo pelas janelas abertas e a luz piscando a todo instante, também com tons rosas e azuis, além de diversas outras cores.

Uma festa acontecia do lado de dentro.

E do lado de fora também, se levar em conta as pessoas jogadas ao redor da casa, parecendo confundir o local com um motel ao ar livre.

Anderson me guiou pelos degraus da escada, enquanto eu apertava a alça da minha bolsa.

Nunca havia me sentido tão longe de casa. E de fato. Eu estava a mais de três mil e quinhentos quilômetros de Seattle. Tinha literalmente cruzado o país de seu extremo superior esquerdo ao extremo inferior direito. Estava longe pra caralho.

Anderson parou e andou até um garoto que estava encostado em uma porta com uma mulher jogada em seus braços. Ele afastou a mulher e conversou com o segurança, que apontou para mim. Em seguida sorriu e andou em minha direção.

— Ora, ora — falou, ainda com um sorriso no rosto. — Gabbe, certo? — Confirmei com a cabeça. Ele pegou minha mão e a levou até a boca, dando um suave beijo nas costas dela. Apesar da situação desconfortável, havia sido um ato de extremo respeito. Franzi a testa. — Sou Christopher.

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