Point 21: Yoshi.

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Voltamos para a balada após uma da manhã, não encontrando mais ninguém na área VIP, o lugar em que os vimos pela última vez. Lá de cima era possível ver a pista de dança, e eu segurei a grade para olhar para baixo. Não foi difícil encontrar o cabelo ruivo de Clary, como se fosse um farol em meio aos corpo.

— Eca — falei, vendo-a colada ao meu irmão. — Eu simplesmente odeio que eles estejam juntos. — Virei para Richard, que pegava uma bebida no bar.

— Você deveria estar feliz. São pessoas que você gosta juntas.

— Exatamente. — Peguei o copo de água com gás e limão que ele me estendia. — Eu gosto muito da Clary e por isso detesto que ela esteja com meu irmão. Ele é um cachorro.

— Quanto carinho.

Richard veio até mim, se encostando na grade ao meu lado. Me virei para ele, beijando sua bochecha.

— To cansada — falei baixinho, deitando a cabeça em seu ombro.

— Eu sei... — Ele beijou meus cabelos.

— Podemos passar o dia na cama amanhã? — pedi, levantando o rosto e fazendo bico.

Ele sorriu triste, me beijando.

— Tenho reunião com a gestão de manhã, e ensaio a tarde toda. — Acariciou minhas costas. — Mas prometo que vamos passar o domingo todo junto.

Soltei um suspiro, me soltando dele e indo para um dos sofás que tinha ali. Richard me seguiu, se sentando ao meu lado.

— Vou embora no domingo. — Passei a mão no rosto, tentando afastar o cansaço. — Não sei que horas ainda, mas preciso ir.

— Já viu os horários? — Confirmei com a cabeça. — Qual o último?

— Onze horas, da noite. Chega lá de manhã. Eu tenho aula segunda, não sei se é uma boa ideia. — O olhei. — Não quero ir embora — confessei baixinho.

— Na sexta feira eu já vou estar lá. — Ele levantou uma mão, a colocando em meu pescoço, embaixo do meu cabelo. — É uma promessa. — Seus olhos castanhos me encararam e ele se inclinou para frente, me beijando com paixão.

Nada foi diferente. Eu me derreti em seus lábios.

— Se pudesse iria com você amanhã — falou, me olhando. — Mas não posso. — Ele me soltou, apoiando os braços nas pernas e suspirando, balançando os gelos no copo que tinha em mãos. — Quarta feira faz um ano da morte da mãe do Zabdiel. Não sabemos como ele vai reagir a essa semana.

— Eu entendo — respondi, me inclinando e apoiando o corpo em suas costas, a beijando. — Sei que ele precisa de vocês.

— Olha quem voltou!

Levantamos o rosto, vendo Chris e Zabdiel subirem as escadas.

— Vocês transam o tempo todo mesmo?

— Inveja?! — Zabdiel o olhou, passando por nós e indo para o bar. — Não se preocupe Vélez, você vai passar por isso quando se casar.

— Me casar? — Chris jogou a cabeça para trás e riu alto. — Meu amor, o Chris aqui não conhece essa palavra. Ele não conhece nem mesmo o significado de relacionamento. Um para todas e todas para um.

— Eu tenho certeza que não é assim a fala — falei o olhando. — Você nunca namorou?

— Não. — Ele se sentou no sofá ao nosso lado. — Pessoas me namoraram, mas eu não namorei ninguém. E pretendo continuar assim. — Chris sorriu ao terminar de falar, olhando para frente e dando uma piscadela. Segui seu olhar, vendo uma garota no lado oposto de onde estávamos.

Las VegasWhere stories live. Discover now