Point 19: Lamborghini.

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Não foi difícil achar um vestido para a balada, sem dúvidas não foi.

Assim que entrei no shopping a primeira coisa que fiz foi pedir quatro combos no McDonald, daqueles com dois lanches enormes cada, batata extra, o maior copo de Coca Cola, e sobremesa. Pedi um a mais porque sabia que se fosse beber ia chegar de madrugada morrendo de vontade de comer algo. Sempre era assim. Conheço bem minha larica.

Enquanto os pedidos eram feitos, eu fui para as lojas de roupa. Após anos recorrendo a shoppings para afogar minhas magoas, tendo passado por uma fase obscura ao me tornar compulsiva por compras, eu sabia exatamente em quais lojas entrar.

Olhei três lojas antes de decidir comprar algo, me garantindo das opções que tinha. Ainda tenho aquele pontinho escuro na alma, então comprei sapatos e brincos, com a desculpa de que não tinha nada para usar com o vestido. O que não era mentira, mas eu podia ter comprado um vestido para combinar com a bota que comprei em Jacksonville. Porém sem chances de usar bota na balada.

Richard me ligou quando chegou ao shopping para me pegar, e eu corri até a praça de alimentação, pegando os lanches. Foi uma tarefa bem difícil sair de lá com tanta coisa, mas Richard foi me ajudar quando me viu descendo as escadas da frente.

— Quatro? — Ele olhou as sacolas no banco de trás.

— Garantindo o lanchinho da madrugada.

— Você é sem duvidas a mulher da minha vida. — Richard pegou minha mão, entrelaçando nossos dedos e beijando as costas dela. — Clary já deu noticia?

— Ainda não, falta meia hora pro voo dela chegar. Isso se não tiver atrasado.

— Acha que ela vai querer ir ou ficar em casa?

— Sem duvidas ir. Ela sempre quis vim para Miami. E Clary é a única pessoa que eu conheço que dorme igual a Bela Adormecida em um avião e não termina a viajem cansada.

— Esse talento vai ser bem útil hoje então.

Chegamos ao aeroporto antes de Clary pousar, e aproveitamos o tempo para comer, já que mal tínhamos feito uma pausa para o almoço. Estávamos famintos.

Quando Clary chegou eu a encontrei no portão de desembarque. Ela correu até mim, pulando no meu colo com a mochila nas costas e tudo. Clary era quinze centímetros mais baixa, e não era difícil parecer uma criança ao meu lado.

Quando ela desceu do meu colo eu senti as pessoas olhando para nós, e nós duas nos olhamos, rindo, com as bochechas vermelhas.

— A gente adora pagar um mico — comentei a olhando, enquanto ela se recompunha.

— E nem é de propósito. — Riu, segurando as alças da mochila, e desviou os olhos para trás de mim.

— Ah... — Me virei, pegando a mão de Richard e o trazendo para junto de nós. — Richard, essa é Clary. E Clary, acho que eu não preciso te apresentar seu grande ídolo.

— Você me difamou para ele — ela confirmou com um sorriso forçado no rosto. — Eu vou te matar — falou, sem quebrar o sorriso.

Richard riu da cena, se abaixando para cumprimentar ela.

— Oi, Clary.

— Vocês nunca aprendem a não fazer gritaria.

Arregalei os olhos, abrindo a boca chocada ao ver meu irmão surgir na multidão atrás de Clary.

GABRIEL? Mas que PORRA?

— Feliz em te ver também, maninha.

— O que você tá fazendo em Miami?!

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