Melissa

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Melissa 

Ficar brigado com quem você ama é a pior coisa do mundo!

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Ficar brigado com quem você ama é a pior coisa do mundo!

Passei o dia todo trancada nesse quarto e parece que o Victor nem deu falta da minha presença, sai do quarto no inicio da tarde pra procurar algo para comer e por coincidência, o bonitão tava lanchando na cozinha. Ele comia o pão com mortadela e mexia no celular como seu não estivesse ali. Admito que fui insuportável e que o gelo que ele me deu foi necessário, mas não precisava pegar o iceberg que afundou o Titanic, e usar comigo né.

A noite caiu e nem sinal de vida do meu grandão, já estava achando que ele levou meu ataque a serio. Será que ele vai querer terminar mesmo? Pelo amor de Deus, eu se que fui impulsiva, mas até parece que ele não me conhece há anos. Fui tirada dos meus pensamentos desesperadores pelo som de mensagem de whatsapp no celular. O nome " Meu grandão" brilhava na tela.

"será que a gente pode conversar?"- ele perguntou

É serio que ele ta me mandando mensagem estando na mesma casa que eu, só que no andar de cima?

"Podemos, vai descer ou quer que eu suba?"- respondi objetiva.

"Prefiro conversar por mensagem, ainda não estou 100%"- ele diz

"Qual a necessidade Victor? Me fazer implorar por desculpas? Eu sei que eu to errada, mas estamos na mesma casa, você pode muito bem vim aqui em baixo"- respondo e coloco um emogi revirando os olhos, minha atual situação nesse momento.

"Não estou no nosso quarto, eu estou na cozinha."- ele responde

"Mentiroso! Você ta atrás da porta, to vendo sua sobra."- respondo com um leve sorriso nos lábios.

Em segundos a porta se abre e um ser de bermuda, sem camisa, descabelado e com um sorriso travesso entra no meu quarto.

- Você não sabe brincar.- ele diz se sentando ao meu lado me abraçando pousando mão na minha barriga.

- Brincadeira muito sem graça essa sua, me deu gelo o dia todo.- digo me acomodando mais em seus braços.

- Você esta muito rebelde, precisava de um corretivo.- ele diz alisando minha barriga.

- Admito, você tem razão. Desculpa pelo aconteceu mais cedo.- digo baixo.

- Ta tudo bem... desculpa por ter gritado também.- ele diz beijando minha testa e afagando minha cabeça.

- Você poderia ter me dito o quão insuportável eu estava, até eu me assustei comigo mesma certas vezes.- acaricio sua barriga e o sinto se arrepiar com meu toque - Desculpa, amor!- digo parando com o carinho.

- Esse foi um dos motivos que me fizeram esquecer nossa briga e vim te ver, eu não consigo ficar longe de você, do seu cheio, do seu toque... do seu beijo.- ele diz me beijando levemente.

- Você veio aqui pra conversar, se comporta.- digo rindo em resposta aos seus carinhos.

- A gente já conversou, já...

Ele foi interrompido quando a porta foi aberta violentamente por um homem todo de preto encapuzado e com uma arma em punho, por instinto Victor se colocou na minha frente em forma de proteção enquanto o homem entrava no quarto e logo em seguida entraram mais três atrás dele.

- Victor, o que é isso?- digo assustada me escondendo atrás dele.

- Calma amor.- ele sussurra para mim.

- VOCÊ, SAI DE PERTO DELA E SEM NENHUMA GRACINHA COLOCA A CARA PRA PAREDE.- o homem diz em direção ao Victor.

- Calma ai cara, ela ta grávida. É dinheiro que você quer?- Victor diz me escondendo mais atrás dele.

- FAZ O QUE EU MANDEI, CARALHO! VAI QUERER OUTRA MARQUINHA NESSA TUA CARA?! ANDA LOGO.- o homem berra sem paciência.

Os outros três que entraram logo em seguida se aproximam do Victor e apontam as tentando o intimidar.

- Vic, pelo amor de Deus.- digo já em prantos.

- BORA MAROMBADO, NÃO TENHO O DIA TODO.- o homem perde a paciência e encosta a arma na testa do Victor me apavorando ainda mais.

- NÃO FAZ ISSO, POR FAVOR! FAZ O QUE ELE TA MANDANDO, AMOR! NÃO ATIRA NELE.- grito em prantos pedindo por misericórdia ao homem que não tira a arma da testa do Victor.

- Eu não vou sair de perto de você.- o Victor sem me olhar, ele diz olhando para os furos na touca ninja do homem parado a nossa frente.

- Amor... por favor, faz o que ele ta mandando.... pelo nosso filho, faz..- digo chorando baixinho.

Depois do que eu disse ele se deu por vencido e levantou as mão em rendição, dois homens o pressionaram entre a parede do quarto e o fizeram colocar as mãos para trás e assim o algemaram e o levaram para fora do quarto, ele ainda tentou lutar pela liberdade, mas os homens colocaram a arma em sua cabeça novamente.

Eu estava nervosa e tremia chorando de soluçar, o homem se ajoelhou na minha frente me fazendo o olhar cara cara.

- Agora eu vou te dar umas instruções e espero que você as siga corretamente.- ele diz como se falasse com uma criança prestes a começar uma atividade – Nós temos pouco tempo antes da policia chegar, então você vai obedecer porque vai ser bom pra você, pro seu bebe e para sua família, estamos combinados?

Eu não conseguia falar de tão assustada que eu estava, então só balancei a cabeça em concordância.

- Você vai vim comigo, o chefe mandou eu levar o pacote que no caso é você, em segurança. Então por favor, colabore, pois vai ser melhor para você.- ele diz e segura meu braço me forçando a levantar da cama.

Ele me arrasta para fora do quarto e caminha em direção a sala, onde eu me espanto a ver dona Liara, seu Ricardo, Guilherme, minha mãe e Victor amarrados na mira de homens armados. Enquanto Luna estava sentada no sofá chorando escondendo com um braço o rosto do Arthur para não ver os homens armados e com o outro segurava o Luca adormecido.

- Pelo amor de Deus solta a minha filha.- minha mãe diz já sem voz aos prantos.

- SOLTA ELA!- Victor grita já chorando de ódio por ver o homem apertar o meu braço.

- Dê tchau para sua família, Melissa.- o homem sussurra e volta a me puxar para fora dali.

- PELO AMOR DE DEUS, ME DEIXA MOÇO! O QUE QUE EU FIZ?!- digo chorando tentando me soltar enquanto ele me arrasta.

Todos gritam pedindo ao homem que me soltem, mas o mesmo finge não ouvir e continua a me arrastar para fora dali. Antes de atravessar a porta de saída da casa, olhei pela ultima vez em direção ao Victor que já sem forças por conta do choro, pedia loucamente que o homem me soltasse.

Chegando do lado de fora da mansão eu pude ver o caos que se alocava ali, eles fizeram um estrago, mas foram silenciosos pois não alarmaram ninguém. Os seguranças estavam caídos no chão e feridos e alguns até sem vida, foi um verdadeiro filme de terror.

Fui literalmente jogada para dentro de uma van com vidros escuros, e o motorista arrancou com ela dali rapidamente.

- Você deve ta casadinha né?! Vamos dormir um pouquinho, a viagem vai ser um pouquinho longa.- o homem que me arrastou disse.

Segundos depois eu senti uma mão forçar um pano embebido de um conteúdo com cheiro forte sobre o meu nariz, lutei o máximo que pude para tirar o pano do meu nariz, mas o homem era mais forte que eu. Em segundos eu perdi os meus sentidos e a ultima memória que eu tive antes de apagar, foi do Victor sorrindo lindamente pra mim.

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Beijos e até a próxima!

Amor sem Medidas (EM PAUSA)Where stories live. Discover now