Capítulo 39 - A morte do Cisne

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— Pelo bem do meu orgulho então, finja estar surpreso agora. — Sasuke desviou o olhar e limpou a garganta antes de segurar a mão de Naruto e abri-la para depositar a aliança ao centro. — Acho que isso é seu.

Naruto arqueou a sobrancelha e sorriu abertamente diante do nervosismo de Sasuke que preferia continuar olhando fixamente o anel a erguer os olhos e encará-lo. A mão livre deslizou os dedos pelo rosto dele até pararem no queixo, elevando-o para que Sasuke olhasse direto em seus olhos. Notou o engolir em seco, a ansiedade que os olhos negros não conseguiam disfarçar embora o orgulho ainda fizesse Sasuke manter a falsa postura descontraída.

— Não vai colocar em mim? Esperava um pouco mais de romantismo, Teme — provocou e riu quando Sasuke o olhou indignado antes de bufar e pegar o anel.

— Se está esperando por declarações, flores e clichês românticos, ainda dá tempo de pular fora — Sasuke falou, e Naruto riu quando percebeu que ele não deslizaria a aliança por seu dedo enquanto não respondesse.

— Não, Sasuke, não é romantismo que estou esperando. É você, do jeito que você é, só você. E pare de pensar em desculpas para me afastar... você não come lamen e eu ainda assim te amo. Acredite, não há crime maior que esse e eu ainda to aqui que nem um idiota esperando você me pedir em namoro direito dessa vez.

Sasuke riu, incrédulo, o mundo ao redor esquecido enquanto Naruto fazia tudo parecer simples, fácil, bonito. Deslizou o anel pelo dedo dele sem pressa, e ver a aliança prata contrastar na pele de Naruto lhe fez sorrir verdadeiro antes de segurar a mão dele e levá-la aos lábios. Os olhos permaneceram fechados enquanto beijava o anel e abriram-se somente para contemplar o vermelho que cobria as bochechas de Naruto.

— Namore comigo, Naruto.

— Por que eu tinha certeza que seu pedido pareceria mais uma ordem que um pedido de fato, Teme? — Naruto sussurrou, e Sasuke arqueou a sobrancelha.

— Se quiser, podemos terminar de novo para eu tentar outra vez — provocou, e Naruto riu alto.

— Não, obrigado, uma vez foi mais que o suficiente. Vai pra casa agora?

Sasuke suspirou, a expressão subitamente se fechando enquanto negava.

— Quer dormir na minha hoje?

— Não vai ficar com sua mãe?

— Meu pai ligou para avisar que uma prima dela ficará lá hoje.

— Tudo bem, então.

Naruto sorriu, e Sasuke entrou no carro enquanto digitava uma mensagem para avisar Mito que dormiria fora. Cochilou no caminho sem querer, acordou com Naruto soltando seu cinto e não achou que havia sentido falta até mesmo do cachorro arteiro dele até vê-lo pulando em suas pernas quando entrou no apartamento já tão conhecido.

— Merda! Esqueci da comida dele! — Naruto arregalou os olhos ao correr até a cozinha.

— Você é um péssimo dono.

— Eu tinha muito na cabeça hoje, e Kurama sabe disso. Ele me perdoa, não é amigão? — falou com o cachorro enquanto enchia a vasilha de comida e via Sasuke negar com a cabeça. — E você? Está com fome, Sasuke?

— Vai colocar ração num potinho para mim se eu disser que sim?

Naruto jogou a cabeça para trás ao rir e encarou Sasuke, incrédulo.

— Não sabia que gostava de pet play, Sasuke. Mas vou adorar por uma coleira em você e te fazer engatinhar atrás de mim.

— Sonha, Dobe.

Não pare a MúsicaWhere stories live. Discover now