Como diria Newton, toda ação tem uma reação.
Para Samantha Laurent, uma ação maldosa vinda de seus colegas fez com que ela reagisse, criando um site interativo com o intuito de se vingar de um grupo que lhe humilha constantemente. Porém sua ação v...
Oops! This image does not follow our content guidelines. To continue publishing, please remove it or upload a different image.
"As ondas estão passando por seus joelhos, é só a vinda dos mares. Está ficando mais difícil agora respirar. Nós assistimos as marés subir mais alto." — EMPIRES ON FIRE, por Banners
A água do mar batia contra as pedras na areia. Eu estava sentada junto a Lana em cima de uma delas, observando as ondas indo e vindo sem parar. Abracei meu corpo, enquanto sentia o vento frio batendo contra a minha pele, e me arrependi de ter vestido apenas uma saia e uma blusa fina.
Estava acontecendo a famosa fogueira dos sábados. Era quase que um pecado ao meio ambiente acender aquilo todos os finais de semana, mas parece que ninguém nunca teve consciência disso. Então, lá estavam eles, os alunos da Constantino, escola pública da cidade, junto aos jovens riquinhos da Legrand, acendendo a fogueira para comemorar o nada.
No fim, acabava vindo quase que todo mundo da ilha até aqui. É a melhor oportunidade para conhecer gente nova, afinal de contas.
Lana havia quase que me obrigado a sair de casa para vim até aqui depois que eu contei a ela sobre o que havia acontecido dentro dos muros de Legrand. Ela era a única que sabia sobre Kentin e eu, porque ela também o conheceu antes da fama. Lana é uma das minhas amigas mais antigas e, de todas, é a que eu mais confio, porque ela não me julga. Ela terminou seus estudos ano passado, agora trabalha em uma lanchonete no centro. Lana sempre diz que não foi feita para vida acadêmica, por isso decidiu não ir para a faculdade.
Ela ergueu uma latinha de cerveja em minha frente e eu a peguei com as suas mãos, sentindo o metal frio da lata contra a minha pele. Uma música alta tocava nas caixas de som e eu não demorei muito para saber que se tratava de uma das músicas do vingt-et-un.
— Esses idiotas só sabem falar dessa banda estúpida — Lana exclamou, bebendo um gole da sua cerveja. — Os caras nem são tão bons assim. As bandas que tocam nos barzinhos da cidade são bem melhores que eles.
— Um dia desses você devia me levar para esses barzinhos para ver bandas de verdade — eu exclamei, tentando mudar de assunto. — Você nunca me levou. Sempre ficou curiosa para conhecer essas bandas maravilhosas que você tanto fala.
— Só para maiores de dezoito, querida — ela riu. — Seu aniversário está próximo, quem sabe eu não te levo para conhecer uma dessas bandas e, quem sabe, conhecer um baixista decente.
Eu tomei um gole da cerveja e observei as pessoas dançando no ritmo de Bon Bon Chocalat na praia. Todos pareciam se divertir com a ideia da banda na ilha, e para todos os lados tinha alguém com um celular mostrando fotos dos rapazes, principalmente os alunos da Legrand, que estavam se exibindo para os alunos da Constantino.
Um jipe preto parou bem perto do calçadão e eu não precisava de muito para saber quem desceria dele logo em seguida. Juliette e Nick caminharam até as pessoas sentadas em toalhas no chão perto da fogueira de mãos dadas, enquanto James vinha logo atrás deles.
