Como diria Newton, toda ação tem uma reação.
Para Samantha Laurent, uma ação maldosa vinda de seus colegas fez com que ela reagisse, criando um site interativo com o intuito de se vingar de um grupo que lhe humilha constantemente. Porém sua ação v...
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"Olhe para mim, olhe para você, quem estará sofrendo mais? Você é esperto" - KILL THIS LOVE, por BLACKPINK
Beryl não parou de balançar minha até enquanto eu não acordei. Pouco antes das seis e meia, ela já estava pronta para ir para a aula, em um fato raro, mas que vinha acontecendo constantemente nos últimos dias. Claro que ela estaria feliz de ter sua banda favorita na escola, eu só não queria que ela tentasse me contagiar e me animar com algo que não está me fazendo nem um pouco feliz.
Faz pouco mais de uma semana desde que as gravações começaram e eu já tive que acompanhar Kentin tempo suficiente para querer desistir de tudo, sair da escola e ir morar nas colinas. Grande parte do tempo, eu tinha quase certeza que ele estava tentando me irritar ao fazer mil e uma perguntas, mil e uma vezes. Se ele não queria me irritar, me questiono se ele perdeu alguns pontos de QI nos últimos anos.
Ele ia a todas as aulas que eu ia, e as câmeras quase sempre estavam no nosso pé. Algumas vezes, ele me pedia para mostrar as salas, quando as câmeras não estavam por perto, e ele sempre pedia para ver novamente. Em uma das tardes, ele me pediu para ir ao laboratório de biologia, onde poderíamos ver algumas plantas e animais.
— Uau! Na nossa escola antiga não tinha um laboratório desse tamanho — ele falou dois dias atrás enquanto batia com a ponta do dedo contra o vidro com uma cobra urutu rastejando pela terra.
Agradeci por estarmos sozinhos quando ele começou a falar da nossa antiga escola. Ele se abaixou para olhar a cobra urutu um pouco mais de perto, seus olhos pareciam brilhar ao olhar para aquele animal, enquanto eu apenas sentia os pelos da minha nuca se erriçarem de tão assustada aquele bicho me assustava.
— Eu não posso pegá-la? — Kentin me perguntou, me encarando como uma criança desejando um brinquedo, mesmo eu tendo dito dois dias antes a mesma coisa.
— Não, Kentin. Você não pode tocar nessa cobra — cocei a testa. — Eu sei que você sabe ler, se saber escrever músicas e poesias e aquela placa — apontei para a parede — te proíbe de tocar na cobra, seja você aluno ou não.
Ele riu, então ficou de pé, olhando para os outros animais na sala, como uma aranha e algumas rãs. Então se aproximou das plantas, que ficavam em uma espécime de miniatura de estufa, com várias plantas. Kentin abriu a pequena tampa de vidro, e eu não o impedi.
— Uau, esse cacto-bola é lindo — Kentin riu, girando o pequeno vaso em suas mãos. — Vocês estudam coisas bem legais aqui.
— Sim, estudamos — peguei o cacto da mão dele e tentei colocar novamente na estufa, mas, ao pegar de mal jeito, acabei machucando meu dedo.
