Como diria Newton, toda ação tem uma reação.
Para Samantha Laurent, uma ação maldosa vinda de seus colegas fez com que ela reagisse, criando um site interativo com o intuito de se vingar de um grupo que lhe humilha constantemente. Porém sua ação v...
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"Eu estou apagando a luz agora, estou encerrando a noite agora. Querendo que você estivesse comigo, mas você está em outra cidade." — NOW OR NEVER, por Halsey
As paredes dos corredores da escola estavam cheias de pôsteres com frases enigmáticas que diziam QUEM ESTÁ VINDO?. Enquanto andava pelo corredor, vi aquelas coisas penduradas na parede com adesivos em formas de instrumentos. Reese cutucou o meu braço e sorriu. Ela estava agindo estranho desde que tudo aconteceu no refeitório dias atrás, falando como se estivesse andando em ovos ou que cada palavra dita pudesse me quebrar.
Era verdade que tudo que aconteceu me deixou um pouco mais sensível, mas esse não era o único fato que vinha me incomodando ultimamente. Pelo menos, com o ocorrido do refeitório, ela se esqueceu da carta.
— Quem você acha que é? Tenho certeza de que é alguém famoso — ela dizia enquanto caminhávamos pelo corredor até a sala de aula.
— Que tipo de famoso perderia seu tempo aqui? Deve ser alguma competição idiota — murmurei. — Lembra no primeiro ano que fizeram o maior mistério só para anunciar que o time de basquete jogaria nos jogos oficiais das escolas da ilha? Deve ser a vez do time de natação ser anunciado, considerando que eles estão indo muito bem ultimamente.
Reese enrugou o nariz.
— Quem está vindo?, dizem os cartazes. Alguém está vindo, Sam. E tem instrumentos. Deve ser uma banda.
Encarei os cartazes com os adesivos de instrumentos. Franzi o cenho e balancei a cabeça para afastar o pensamento. Nam, não tem como ser.
— Deve ser alguma banda de rock da cidade, vem para fazer um showzinho no baile dos calouros. Lana diz que tem vários que fazem show nos barzinhos que ela frequenta que são muito bons.
— Não acredito que seja algo tão pequeno — Reese insistiu, mas eu fingi que não estava escutando as suas teorias de pessoas famosas vindo até aqui. Ninguém seria tão estúpido de perder seu precioso tempo de famoso numa escola idiota com pessoas idiotas.
James estava parado em frente a porta da sala, com os braços cruzados e encostado no batente. Ele ria de algo que seu amigo dizia. Enchi minhas bochechas de ar e apertei a alça da minha mochila, encarando Reese ao meu lado. Ela tocou o meu braço e sorriu.
— Vamos?
Assenti. Ela foi na frente e pediu licença para os meninos nos deixassem passar. Permaneci em silêncio o tempo todo, mas sem baixar a minha cabeça, eu não daria esse gostinho a nenhum Gandy. Quando passei por James, eu sequer ousei em olhar os seus olhos. Se eu fizesse isso, muito provavelmente eu iria sentir vontade de batê-lo, quase tanta vontade quanto tenho apenas por sentir o seu cheiro.
