Como diria Newton, toda ação tem uma reação.
Para Samantha Laurent, uma ação maldosa vinda de seus colegas fez com que ela reagisse, criando um site interativo com o intuito de se vingar de um grupo que lhe humilha constantemente. Porém sua ação v...
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"Ele disse que tentou me ligar, mas eu nunca tenho tempo. Ele disse que eu nunca escuto, mas eu nem tento." - ALONE, por Halsey
O assunto do dia era a chegada da banda. Todos estavam falando sobre eles, se vangloriando por terem visto eles em alguma parte da escola ou por terem trocado algumas palavras. Tudo se resumia a eles. E eu até entendo, eles são bonitos, famosos e talentosos. Qualquer pessoa normal ficaria animado com isso. Exceto por mim, claro.
Não que eu seja uma estranha completa, eu tenho motivos para não está animada. Por isso que, durante todo o dia, eu tentei ignorar tudo que envolvesse eles e não me encontrar com nenhum dos garotos pela escola, mas estava ficando cada vez mais difícil. Quase que esbarrei em Kentin mais cedo enquanto ia para a aula de Espanhol e quase que ele me viu quando foi visitar a minha turma junto com a banda. Quando eu o vi entrando junto aos outros garotos na minha sala, quis bater nele, o sorriso no rosto nele nunca foi tão irritante.
— Samantha Laurent! — O treinador gritou meu nome pela décima segunda vez para chamar a minha atenção enquanto assoprava aquele maldito apito. — Sua vez!
— Essa é a última vez que eu digo: eu não sei fazer polichinelos. Por favor, professor, me libera só dessa vez?
Estou a ponto de ficar de joelhos aos pés do treinador para que ele não me mande fazer esse tipo de exercício. Além de eu não saber fazer esses malditos polichinelos, eu quero poupar energias para quando eu tiver que ir para o refeitório.
— Desculpa, Samantha, mas não posso te liberar. Já fiz isso semana passada, lembra?
Ele me deu um sorriso fraco enquanto caminhava em minha direção, quando ele se aproximou e me empurrou para o X feito com giz no chão.
— Eu deixo você fazer apenas quinze, ao invés de trinta. Mas, olha — ele colocou o dedo em seus lábios, em sinal para que eu não contasse a ninguém. Sorri, agradecida.
Quase todos os alunos do meu ano estão aqui no ginásio para aula de Ed. Física, a matéria mais desnecessária que existe no mundo, apesar de adorar o treinador, mesmo que muitas vezes ele me faça o odiar. Como por exemplo agora, quando ele obriga cada garota fazer trinta polichinelos, enquanto os garotos se divertem jogando basquete. Sempre me pergunto por que os garotos ficam com a melhor parte nas aulas de Ed. Física.
Fiquei de pé no X e comecei a fazer polichinelos totalmente desengonçados, enquanto o treinador contava em voz alta. Graças aos céus que todas as garotas que já haviam feito polichinelos estão assistindo os Águias – o time oficial de basquete da Legrand – treinar para as competições que começarão daqui a algumas semanas, assim não vão perceber que fiz apenas metade do que elas fizeram.
