XXIII.

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Guardo o maço de cigarro na minha mochila e me viro na intenção de sair do quarto, mas o Zac está parado na porta

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Guardo o maço de cigarro na minha mochila e me viro na intenção de sair do quarto, mas o Zac está parado na porta.

— Posso entrar? — Pergunta parado do lado de fora, eu o puxo pra dentro e fecho a porta.

— O que está fazendo aqui? — Pergunto um preocupado, ele senta na cama.

— Desculpa ter contado para a Bella, sei que não devia e que isso é um assunto que te deixa muito preocupado.

Balanço a cabeça e vou até minha mochila, pego uma camiseta e tiro a que estou por estar com cheiro do cigarro.

— Você não devia ter falado pra ninguém, Zac, não me sinto preparado para contar pra ninguém — o encaro antes de colocar a camiseta para cobrir meu corpo, mas ele segura minha mão.

— Eu sei, desculpa. Mas fica tranquilo que ela não vai contar para ninguém, eu prometo.

— Você não pode ter certeza — digo o encarando sério. Ele levanta e fica na minha frente.

— Mas eu tenho, Aley. Arabella é minha melhor amiga desde sempre, eu conheço e confio nela, tá legal? — Suspira e se aproxima. — Você confia em mim?

Respiro fundo e me afasto, visto a blusa e fico de costas pra ele.

— Eu nem te conheço direito, Zac — digo tentando não ser tão rude. Não o conheço, mas quero, só não sei como fazer as coisas certas.

— Tudo bem, você tem razão. Não tem nem sentido estarmos tendo essa discussão, eu não preciso ficar me explicando. — Ele vai até a porta. — Só peço desculpas por ter contato pra Bella, mas fica tranquilo que ela é confiável e não vai falar pra ninguém. Eu sei disso porque a conheço e confio nela.

Sai do quarto sem esperar por resposta, respiro fundo e saio segundos depois.

O almoço passa tranquilo, o Zac fica mais afastado sentado com sua mãe e meus pais. De tarde nós saímos e vamos levar as crianças para tomar sorvete, eu resolvo ir visitar a Mary e deixá-los lá, já que não estava me sentindo muito bem por ter que ficar com a Bella e o Zac. Estava me sentindo ameaçado, como se eu fizesse qualquer movimento contrário a eles, os dois falariam algo que me denunciasse. Me sinto frágil com esse assunto, não sei se sou gay, bi, não sei se essa relação com o Zac vai continuar e virar algo mais sério, não sei de nada e não quero ter mais gente nesse bolo de neve que minha vida está. A Arabella pareceu uma ameaça, mesmo não sendo.

Abro o portãozinho da casa da Mary e vou até a porta, bato três vezes forte.

— May? É o Aley — chamo para ela saber que não é um desconhecido.

Ela abre a porta e me olha sorrindo, entro na casa e a abraço.

— Oh, menino, você sempre me pega de surpresa! Nunca posso fazer nada pra você, porque nunca sei quando vem — ela reclama me encarando brava. — Você devia trazer mais suas irmãs, faz tempo que não as vejo. Também tenho saudades da Kaya, aquela menininha conquistou meu coração com seu jeitinho. E o Kody? Seus pais? Estão bem? — Segura minha mão me levando até o sofá. Eu cumprimento seu marido quando ele passa por nós, ele já está bem velhinho.

Intenso - Aley [4°história]. Where stories live. Discover now