IV.

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Aceno para a Juliette e caminho para o estacionamento, assim que abro a porta do carro e me sento no banco, meu celular começa a tocar. Olho no visor e o nome "Zac tesão" aparece. Arregalo os olhos começando a rir.

— Zac tesão? Sério? — Pergunto ao atender, escuto sua risada do outro lado.

Só verdades, nem queira saber como salvei o seu número aqui.

— Ah, eu realmente não quero. — Balanço a cabeça e fecho a porta do carro. — Então, algum problema? — Ligo o carro e deixo o celular no suporte depois de conectar ao carro. Acelero e saio nas ruas.

Eu enviei uma mensagem pra você mais cedo com os dados que me pediu ontem, mas até agora não me respondeu.

— Ah, desculpa por isso. Tenho o mal do meu pai de nunca lembrar que o celular existe até ele estar tocando.

Bom saber, da próxima eu já ligo de uma vez — avisa.

— Eu vou verificar seus dados e pesquisar alguma clínica ou hospital e te informo, tudo bem?

Claro, não precisa se apressar.

— Não se preocupe, fico feliz em ajudar. Agora preciso ir. Te mando notícias, beijo.

Poderia me dar esse beijo pessoalmente, não acha? — Ele pergunta me fazendo levantar as sobrancelhas surpreso.

— Você está brincando, certo? — Pergunto.

Claro que não! — Responde de imediato. — Mas eu sei que infelizmente você tem uma noiva.

— Não só isso, também sou hetero. Sabe, conta muito.

Ouço ele rindo.

Isso ainda pra dar um jeito, né?!

Balanço a cabeça achando o rumo da conversa estranha demais.

— Então é isso, Zacariel, quando eu tiver novidade, entro em contato. Até mais. — Não espero ele responder e desligo de uma vez.

°

— Finalmente como um casal de noivos normais — Zara fala segurando minha mão e sorrindo, eu beijo seus dedos e afirmo.

— Finalmente, hein? — Sorrio. Um garçom chega na mesa e anota nossos pedidos. — Como estão os preparativos do casamento? Algo em que eu possa ajudar?

Ela expande o sorriso e balança a cabeça fazendo as pontas onduladas do seu cabelo balançarem.

— Ainda não, amor, está tudo tranquilo. Por isso eu disse para começarmos bem antes da data, para ter tempo e fazer tudo certinho e com calma. — Seus olhos azuis brilham. — Vai ser tão lindo! — Exclama empolgada.

— Você já viu a data na igreja?

— Já, fui lá quarta com minha mãe. Tem duas datas boas, uma para daqui oito meses e outra para quase um ano. Mas só vou decidir depois que o costureiro fazer minhas e as suas medidas para o vestindo e o seu fraque. — Ela suspira. — Ah! Não vejo a hora de estar tudo pronto!

Sorrio concordando.

— Com você no comando, tenho certeza que vai ficar incrível — falo sendo sincero, ela sorri e me da um selinho.

°

— Amor, olha isso — Zara fala levantando da cadeira onde estava, vem com seu notebook nas mãos e senta sobre meu colo. — O que acha? — Vira a tela onde exibe várias imagens de homens com ternos, smokings, fraques e meio-fraques. — Estava pensando em fazer algo parecido com esse pra você — aponta um fraque lapis com listras discretas pretas.

Intenso - Aley [4°história]. Where stories live. Discover now