Intenso - Aley [4°história].

III.

Se tiver bastante comentários eu posto outro ainda hoje 💙.

O caminho é silencioso, a rodovia está deserta, passamos por poucos veículos até então.

— Não se importa se eu colocar uma música, né? — Zac pergunta já mexendo no painel carro.

— Fica a vontade — digo sem desviar a atenção da estrada.

Uma melodia pouco conhecida por mim começa a tocar, só então me dou conta que ele plugou seu celular ao rádio do carro.

— Essa música é horrível — comento.

— Ei, isso é Shawn Mendes! Respeita.

Reviro os olhos, mas a música continua e até que eu começo a gostar da melodia e da voz do cantor.

— And, hey — Ele começa a cantarolar. — I know there are some things we need to talk about. And I can't stay. Just let me hold you for a little longer now.

Percebo ele me olhando e eu levanto as sobrancelhas o encarando por alguns segundos.

— And take a piece of my heart — canta mais alto me encarando e gesticulando com as mãos como uma coreografia. — And make it all your own. So when we are apart — Sorrio balançando a cabeça enquanto ele joga a cabeça de um lado ao outro mexendo os braços na minha direção. — You'll never be alone. You'll never be alone. — Seu corpo se aproxima bruscamente e ele sussurra: — You'll never be alone. — Se afasta e continua cantarolando junto com o cantor.

— Você tem uma voz muito boa — digo.

— Ah, muito obrigado. Eu também acho — se gaba me fazendo olhá-lo, Zac tem um sorriso divertido e os olhos brilhantes na minha direção.

— Me lembre de não te elogiar da próxima vez — peço balançando a cabeça voltando a encarar a estrada, agora já estamos dentro de Cambridge.

— Hm, isso é um convite para alguma coisa? — Pergunta depois de diminuir o volume da música, levanto as sobrancelhas e balanço a cabeça.

— Não, Zac. Óbvio que eventualmente nós vamos nos encontrar por aí.

— Droga, esperava que fosse se esforçar mais para ganhar meu perdão — reclama me fazendo sorrir do seu jeito descontraído. — Nossa, estou morrendo de fome! Deveria ter roubado aquele bolo.

Percebo as ruas se tornando mais conhecidas e sei que estamos próximos da casa dele por já ter vindo algumas vezes com minha mãe e irmãs. Por algum motivo um sentimento ruim se instala em mim sabendo que logo estarei sozinho no carro.

— Quer parar em algum lugar antes? — Pergunto sem pensar muito o olhando, ele sorri e assente.

— Isso é um encontro? Poderia ter dito antes, eu teria me arrumado mais. — Passa as mãos pelo cabelo, reviro os olhos.