XIV.

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Zac

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Zac

Minha respiração está trancada, parece que nem saliva passa por minha garganta. Tenho vontade de gritar e chorar histericamente, meu estômago está embrulhado e meu corpo cansado.

Preciso de ar!

Você já está no ar livre!

Abaixo-me na frente do lago e faço uma concha com as mãos, jogo a água no meu rosto e fico com os olhos fechados sentindo o vento secando a umidade da minha pele.

Por que eu sou tão trouxa assim? Por que sou tão sonso?

Bufo e me sento na espreguiçadeira na árvore.

Achei mesmo, com toda a certeza do mundo, que o Aley deixaria a Zara e ficaria comigo. Eu tinha total certeza que ele faria isso. Quando me falou que tinha tomado a decisão, eu senti tanta confiança nas suas palavras que quase pedi pra ele ficar comigo naquela noite e só ir depois se separar da Zara.

Mas hoje eu descubro que ela está esperando um filho do Aley e o próprio me respondeu que vão antecipar o casamento.

— Trouxa, Zac, trouxa — rosno sozinho.

— Aquela é uma Borboleta Arctia Caja — escuto a Kaya falando e ela e o Luca aparecem seguindo uma borboleta alaranjada enorme. — Ela é comum — explica, o Luca assente olhando o livro que a Kaya segura.

— Oi, tio Zac — ele fala ao me ver, sorrio e balanço a cabeça. — Por que você ta aqui sozinho? — Se aproxima, a Kaya continua observando a borboleta.

— Por nada, só acho aqui um lugar tranquilo e gostoso — sorrio acariciando seu cabelo ruivo, ele pula e senta ao meu lado.

— Kaya? Luca? — É o Aley, ele aparece e sorri olhando a sobrinha, mas quando se vira para o Luca e me vê, sua expressão muda na hora. Fica sério e seu corpo todo fica completamente reto, tenso. — Vamos voltar pra lá — chama com a voz bem mais séria que antes. Eu franzo os lábios e volto meu olhar para o lago onde as águas calmas balançam conforme o vento bate nelas.

— Vamos pra lá, Zac! — Luca chama segurando minha mão, eu o olho e nego sorrindo.

— O Zac vai ficar aqui mais um pouquinho, tá bom? Pode ir com o tio Aley — aponto sem desviar os olhos da criança.

— Mas você ta triste, não gosto de ver ninguém triste — ele deita a cabeça sobre meu colo, isso me faz sorrir. Luca é sempre tão carinhoso e preocupado com os outros, é lindo de se ver. Chris e Cee são pais incríveis para essas crianças.

— Já estou feliz de novo, viu? — Aponto meu sorriso.

— Você só está sorrindo, não significa que está feliz — Kaya fala me olhando. Ela tem o olhar intimidador do Estevan, não só o olhar como o jeito fechado e misterioso. Mesmo sendo linda do jeito que é, ela me assustada por ser tão séria; digo o mesmo do seu avô, mesmo Estevan sendo tão lindo, ele é aterrorizante.

Intenso - Aley [4°história]. Where stories live. Discover now