O que somos? · 24

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Quando passamos no hotel para pegar nossas coisas o Marco já não estava mais lá, havíamos confirmado para ele que éramos um casal​ apaixonado fugindo para cometermos loucuras. O que eu não imaginaria é que essa fuga teria custado para mim a dúvida: O que somos? ⠀⠀⠀
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Não conseguir conversar com o Lin Won e ele mostrou que não estava disposto a isso quando me evitou e sentou bem distante de mim. Tudo isso havia me deixado completamente arrasada, tenho medo da pergunta que todos costumavam nos fazer, logo agora que conseguimos provar que somos supostamente um casal. Estava na hora de perguntarmos um para o outro: “O que somos?” ⠀⠀⠀
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Ao voltarmos para casa D. Antônia havia nos recebido alegremente, mesmo assim o Lin Won a ignorou indo em silêncio diretamente para o quarto e ter batido a porta forte.
— O que aconteceu? – ela me perguntou preocupada
— Eu não sei… – respondi com coração apertado – Estou um pouco cansada, irei deitar nos falamos depois.
— Espera Lana, me tira uma dúvida.
— O quê? – pergunto desnorteada
— Lin Won entrou na água? Diz que não, eu apostei que com a Yeok que ele não entraria.
— Ele disse que não gostava de nadar. – lembrar de tudo que aconteceu na gruta influenciou a minha resposta
— Eu sabia, falei para Yeok que ele não entra​ mais na água por ninguém. Mas também ela não sabe que é apenas um acordo, por achar que seu filho está apaixonado ela disse que ele faria de tudo pra impressionar a namorada.
— Desculpe, nos falamos depois.

Isso quer dizer que o Lin Won entrou na água para me impressionar? Não pode ser verdade. Se realmente for, eu partir o coração dele e me tornei a pessoa ambiciosa que o Lin Win acreditava que ele era. Eu precisava saber dele, ficar me perguntando isolada no quarto não esclareceria nada. Meus passos estavam pesados, confusos se eu realmente deveria ir, mesmo assim fui até o quarto dele. ⠀
— Lin Won você está aí? – insisto, mas sem resposta
— Ele saiu Lana, disse que: “A diversão começava agora”.
— Acho que já tenho a resposta a minha pergunta. – sorriu me sentindo uma idiota
— Que pergunta?
— Não é nada, irei tomar um banho na piscina.

Após ter tomado um banho de sol decidir entrar na água, depois de nadar para um lado e para o outro, sentei no fundo da piscina na esperança que eu deixasse de pensar nele. Com o som abafado escutei o carro do Lin Won chegar, fui para a superfície e o avistei acompanhado de uma mulher.

Não estava pronta para vê-lo voltando a ser quem era, por isso não entrei na casa e continuei tomando um bronzeado. O que eu pensei que deixaria de pensar em questão de minutos não levou nem segundos. O Lin estava completamente perdido entrava e saia dá casa com uma mulher diferente a cada 30m, essa situação estava me afetando e eu sabia o quanto isso era ruim. ⠀⠀⠀
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⠀⠀ Logo D. Antônia veio até mim pedindo que eu fosse falar com o Lin Won, ele estava bebendo tanto que ela temia que ele fizesse algo com as mulheres que o acompanhava. Mesmo sabendo que não seria uma boa ideia fui até o quarto do Lin e batir na porta, logo ele abriu com uma expressão que era difícil decifrar.
— O circo está cheio hoje. – eu não sabia dizer se eu estava nervosa ou decepcionada
— O que você quer? – Lin estava completamente bêbado e irritado
— Talvez fosse melhor mandar essas mulheres ir embora, você pode continuar com essa palhaçada quando estiver sóbrio.
— Quem você pensa que é para me dar ordens? – Lin havia se movimentado tão rápido que seu braço me empurrou fortemente ao ponto de eu ser arremessada na parede
— Meu braço! – sentir uma dor forte no cotovelo que havia recebido mais parte do tombo
— Me desculpa Lana, eu não queria te ferir. – ele tenta se aproximar de mim apavorado
— Não me toque. – eu está estava com medo do Lin Won ao lembrar o quão similar aquilo foi comparado ao dia que o Chang tentou me violentar, então corrir para o quarto.

Mesmo sem querer ver o Lin Won eu estava preocupada, ele estava bebendo bastante na noite anterior quando o escutei sair com o carro e ainda não havia voltado. Tentei ligar mas foi sem sucesso, ele​ não me atendia e não parecia se importar com o quanto ele estava me deixando preocupada.
— Lana? – disse D. Antônia ao entrar no quarto
— Alguma notícia?
— Nenhuma.

Após um tempo meditando decidir tomar uma atitude estúpida e esperada.

A UM PASSO DO ORIENTEWhere stories live. Discover now