Ninguém além de mim · 5

1.7K 220 8
                                    

Pensei que a loira fosse me agredir, ela me olhava com muita raiva, não fazia ideia que era tudo mentira. Após vestir as roupas que havia tirado ela empurrou o Lin Won que caiu sentado na cama me encarando.
— O que foi? – pergunto curiosa
— Você estragou minha noite.
— A culpa não é minha, você poderia ter ido pro seu quarto, a casa é enorme tem outros quartos também.
— Faço minha bagunça aqui, o caso é que esqueci de você, claro que a Antônia iria trazer para cá não sei como não imaginei.
— Eu posso ir para outro, não tem problema. – levanto pegando minhas coisas.
— Vem, vamos conversar. – ele pega no meu braço indo para cozinha.
— Você disse que seria 2 horas ainda tenho tempo para dormir até lá.
— Como estragou minha noite não há porque não estragar a sua.
— Incrível – bocejo indignada
— Precisamos saber algo um sobre o outro, amanhã iremos jantar com a minha família e aquele mulher que você viu no restaurante, a Eun soon vai estar.
— Já? Não precisamos de mais tempo para comunicar a sua família?
— Não é como se o namoro fosse de verdade, estou te pagando para fazer isso a qualquer momento. – essas palavras esmurra meu estômago
— Tá bem, às 17h saio do trabalho passo aqui para me arrumar.
— No fim das contas você é mais ambiciosa do que eu pensava, mesmo com o valor que estou te dando prefere continuar no trabalho.
— Nem todo mundo é rico como você, preciso pensar como vai ser minha vida quando esse acordo acabar. Ou acha que irei me aposentar?
— Não me importa o que vai fazer, se quer tanto continuar no seu trabalho faça isso em apenas um turno porque também está responsável pelas atividades da casa com a D. Antônia
— Hum – respondo surpresa, o cara é de fato o pior homem que já conheci
— Que foi? Quer que eu aumente seu salário?
— Deveria dizer que sim, mas o que me paga já é o suficiente. – bebo a água numa velocidade que me faz entalar e ele rir.
— Vamos ao que interessa, você deve fazer todo possível para acreditarem que o que está acontecendo entre nós é verdade, ou seja não só eu tenho que fingir.
— Não irei te beijar ou nada do tipo, fora de cogitação.
— Por mais que você queira não será necessário.
— Idiota – sussurro
— Não posso te apresentar nessas condições, lhe levarei a um Studio de beleza e comprarei roupas novas também.
— Eu posso fazer isso sozinha.
— Pode, mas não confio no seu gosto.
— Haverá desconto no meu salário por causa disso? Porque eu não estou pedindo nada.
— Não haverá. – ele rir
— Mas alguma coisa?
— Está proibida de ter qualquer contato ou relacionamento com outros homens além de mim.
— Tá brincando? Você pode sair com qualquer mulher e eu não posso.
— Eu te comprei por um ano, tenho direito de decidir qualquer coisa.
— Me comprou uma merda quem você... – eu ia, eu devia desistir de tudo, mas meu orgulho não pode falar mais alto que o desejo de viver bem. – Tudo bem.
— Não tenho nenhum interesse em sua vida pessoal então não faça mais isso, pegue o número da D. Antônia sempre que precisar ligue pra ela.
— Certo.
— Amanhã no jantar evite falar o máximo possível, eles não vão gostar de você então não se esforce.
— É estranho eu chegar lá sem saber nada.
— Tudo que eles precisa saber é que nos conhecemos no restaurante que você trabalha.
— Como isso aconteceu?
— Você estava saindo do trabalho quando nos esbarramos desde então tenho frequentado o lugar.
— Há quanto tempo estamos namorando?
— Já disse, evite falar cuidarei de tudo.
— Então tá, mas alguma coisa?
— Não é só.
— Sobre o quarto...
— Pode ficar nele, será bom experimentar os outros.

Entender o que Park Lin Won diz nem sempre é fácil, algumas palavras saem emboladas o que me faz perguntar de onde ele é, não perguntei por medo da resposta, ele sabe ser grosso.

A UM PASSO DO ORIENTEOnde as histórias ganham vida. Descobre agora