Delírios de amor · 22

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Lin Won me levou para um cruzeiro, o que achei muito inteligente. Sem dúvida o Marco procuraria nas ilhas e lugares vizinhos, ele nunca imaginaria que estamos rodando pelo mar.

É uma sensação muito boa estar em um cruzeiro. Não tive que me preocupar com quase nada, já que eu sabia que o Marco não estava ali, conseguir esquecer a humilhação que a Eun Soon me fez passar e vi esperança de que as coisas poderiam melhorar. Tanto a estrutura como o atendimento do cruzeiro é encantador. Todos os funcionários foram bastante educados e simpáticos, também tinham que ser eles recebiam muito bem para isso.

Para não correr o risco de alguém nos reconhecer optamos por ficar na mesma cabine. Esperei até que o Lin Won trouxesse algumas roupas para vestimos, o que não demorou muito. Finalmente podíamos aproveitar o lugar e apenas curtir.
— Isso sim é o paraíso. – diz Lin Won olhando para as mulheres na piscina
— Se divirta. – seguir uma direção diferente, eu sabia bem o motivo dele ter fugido e comigo do lado não adiantaria de nada
— Espera sou seu guia de viagem, não pode me deixar sozinho assim. – ele me alcançou
— Pensei que você ia caçar agora.
— Eu já disse que vim lhe fazer companhia, posso ficar sem elas hoje. – ele espirra
— Fique aí vou ver se consigo trazer algo para você.
— Você pode me passar protetor antes? – ele tirou a camisa ⠀
— É o que? – pergunto envergonhada
— Senão for você tenha a certeza que há uma lista longa de mulheres voluntárias.
— Foi seu dinheiro que te deixou tão convencido?
— Não esqueça que estou resfriado por sua causa. ⠀
— Você disse que estávamos quites.
— Não sabia que ficaria resfriado.
— Idiota.
⠀⠀⠀ ⠀⠀⠀
Mesmo me sentindo desconfortável espalhei o protetor pelas costas do Lin Won, era vergonhoso ao mesmo tempo uma parte de mim estava sentindo que alcançou um objetivo ao fazer isso. Lin Won não só era bonito como também tinha um belo físico, é como diz a frase: “São nos mais belos frascos que contém os melhores perfumes, também os piores venenos.” E a segunda opção certamente se tratava dele.⠀⠀
— Está tudo bem aí? – ele pergunta risonho, era óbvio que ele tinha noção do quão bonito era e o que causou em mim
— Não seja idiota, vou buscar o remédio.
— Não precisa, eu estou bebendo.
— Custava deixar de beber por algumas horas? – reclamei com ele
— Pedir pra você também. – ele sorriu novamente
— Porque você está sorrindo tanto? – perguntei desconfiada
— Deixa de implicância. – Lin Won me fez beber o whisky

Sempre que eu bebia mais uma dose sentia o olhar do Lin Won em mim, o que me deixava agoniada e me fazia beber mais e mais, até que decidir parar de fugir do seu olhar e encara-lo.
— Não se trata do meu dinheiro. – disse ele ⠀
— Do que você está falando? – tento entender
— A longa lista de mulheres voluntárias.
— Não quero saber disso. – respondo enojada
— Não minta você sempre esteve curiosa. – ele mudou de lugar sentando bem próximo a mim – “O que será​ que elas vê nele?” Não é o que você sempre se pergunta?
— Eu realmente não quero saber. – me sinto desconfortável com o rumo que a conversa iria tomar
— Não é difícil, consigo seduzir a mulher que eu quiser. – ele diz em um tom sério
— Existe alguma palavra que eu possa usar para definir alguém que é bem mais do que convencido?
— Eu posso provar. ⠀⠀
— Quê? Você está bêbado?
— A verdade é que só tomei uma dose, já você parece​ ser bem intolerante ao álcool. Essa seria a quarta. – ele impede que eu enchesse mais um copo
— Pra que tá contando isso?
— A última vez que bebemos na quinta dose nos beijamos e demorou um tempo para que você lembrasse do que aconteceu, vai mesmo continuar?
— Algumas coisas não merecem ser lembradas.⠀⠀
— Dessa vez eu quero que você lembre. – ele levantou e segurou minha mão guiando para fora dá piscina
— O que? Pra onde? Onde estamos indo? – perguntei nervosa tão rápido que deve ter sido difícil para ele entender.
— Não seja maldosa, porque acha que não bebi quase nada? – ele espirra novamente – Preciso do remédio, além do mais você já bebeu demais.
— Mas é você que está agindo estranho. – ainda segurando a mão do Lin percebi o quão quente ela estava. – Febre. – sussurrei preocupada
— Só preciso deitar um pouco.⠀
— Vamos na enfermaria.
— Não vou a médico algum.
— Deixa de ser rabugento.
— Já disse que não. – ele saiu me deixando para trás

A UM PASSO DO ORIENTEWhere stories live. Discover now