Capítulo 19

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- O que aconteceu?- Dimitri pergunta.

- Nada. - Dimitri parece aflito.

- Mas por que esta agindo desta forma?

- Na empresa nada mudou. - Digo tentando manter a firmeza.

- Mas não tem ninguém ao redor Michele, estamos namorando. - ele diz tentando se aproximar.

- De jeito nenhum. E tem mais, se tratar-me como namorada, ou de forma informal na empresa, irei punir você. - Digo e vejo a cara de espanto dele. - e não serei boazinha, acredite, serei mil vezes pior do que você em Mangaratiba.

Dimitri fica sem palavras, tenho certeza que está processando a informação.

- Senhor Fernandes, o senhor está dez minutos  atrasado para sua primeira reunião. - Digo, ele automaticamente olha para o seu relógio.

- Droga!

- Lembrando que atrasos é  inadmissível. - digo virando-me para ir embora com um sorriso nos lábios.

Agora o chefinho me paga. Vai passar na pele o que ele me fez passar com todas as repreensões.

O dia passa correndo, Dimitri tenta hora ou outra quebrar o profissionalismo, porém se dá conta da punição e recua. No final do expediente ele me chama na sala dele.

- O senhor me chamou?

- Sim, iremos viajar quarta à noite,  para um evento beneficiente em São Paulo.

- Por isso as reservas. - pergunto lembrando-me dos convites e das reservas que diz.

- Isso, utilize o meu cartão de crédito pessoal para comprar o que você vai usar no evento.

- Preciso mesmo ir? - pergunto pois não quero misturar as coisas. -quando retornaremos?

- Domingo à noite. Quinta e sexta à trabalho, sábado e domingo explicarei para a minha namorada à  noite.

Por essa eu não esperava, o filho da mãe, me deixou com a cara de taxo e mega curiosa. Se ele pensa que irei ta me humilhando para saber mais,ele ta enganado.

A noite ele me leva para jantar num restaurante sofisticado. Ele fez o pedido por nós dois e pediu um vinho.

Estávamos bebendo o vinho delicioso e trocando carícias, quando uma voz feminina nos interrompe.

- Oi benzinho... - olho na direção daquela voz irritante, que sei bem de quem é.

- Oi. - Dimitri responde ainda  agarrado a mim.

- Seu novo casinho querido? - ela pergunta com uma cara de deboche. Se achando superior a mim.

Quando eu ia responder a altura essa plastificada do caralho Dimitri me surpreende.

- Não. Ela é  minha namorada Ana. - Dimitri diz dando  um beijo em minhas mãos que está junto a sua.

Ana ficou vermelha pude perceber ódio no olhar dela, que logo se desfez pondo um sorriso falso no rosto.

- Michele essa é  Ana uma amiga. - Dimitri diz. Eu apenas acenei com a cabeça e devolvo o sorriso falso. - Ana essa é minha namorada Michele...

- Já conheço benzinho no dia que tivemos um almoço seguido de uma tarde maravilhosa. - diz dando uma piscadela para ele. - Tchauzinho querido.

Eu vou matar essa plastificada! Definitivamente estou irritada.

-Desembucha. - Digo em um tom que não estou para brincadeira.

- O que quer saber linda?

- Tudo.

- Michele outro momento. Vamos curtir a nossa noite?

- Agora. - estou a ponto de sair desse restaurante e esquecer que um dia ja fiquei com ele.

-Ela é uma amiga com benefícios. Michele não me olha assim, desde quando te conheci não fiquei com mais ninguém.

- E a tarde maravilhosa?

- Pra que falar disso Michele, passado é  passado.

- Vou perguntar pela última vez, e a porra da tarde maravilhosa?

Estou tentando me controlar para eu não fazer um barraco aqui e Dimitri não ajuda, ele parece pensar muito antes de falar.

- Naquele dia, eu estava com raiva por que você me dispensou e agiu no outro dia como se não tivesse acontecido nada. Quando Ana aparceu me convidando para almoçar usei esse convite para te fazer ciúmes.

- Você antes do convite, ja tinha mandado eu cancelar todos os compromissos, quer que eu acredite que foi uma mera coincidência?

- E foi, pedi para cancelar por que eu estava sem cabeça, seu cheiro estava impregnado no meu corpo Michele.

- Depois do almoço o que aconteceu?

Dimitri se perde em pensamentos, tenho certeza que não vou gostar do que vem pela frente.

- Fomos ao meu apartamento, eu tinha dito para a Ana, que não ia mais rolar entre eu e ela. Ela aceitou numa boa, mas queria manter a nossa amizade. Tomamos alguns drinques, e ela começou a me beijar.

Porra não tinha passado nem vinte quatro horas, e ele já foi para a cama com outra. To com raiva. Quero ir embora, me sinto traída.

- Correspondeu o beijo? - pergunto num fio de voz.

- Sim... queria tirar você da cabeça Michele. Mas nada aconteceu eu não consegui transar com ela ta bom? Em todo o momento eu pensava em você.

- Você saiu com outra menos de vinte quatro horas, e quase transou com ela. Ainda quer que eu entenda?

- Por favor... juro que não transei com ela. Ela ficou chateada comigo, depois daquele dia, hoje que falei com ela.

- Quero ir embora.

- Michele...

- Por favor.

Sinto uma dor no meu peito. Esse sentimento de traição está me matando. Por isso ele não voltou a tarde. E eu lá morrendo de sono, trabalhando e ele se divertindo.

Dimitri pediu a conta. Após paga-lá. Fomos embora.

- Passa a noite comigo? - ele pergunta apreensivo.
- Quero ir para o meu apartamento, para mim a noite já deu.

- Michele.

- Não. - Digo segurando uma lágrima que quer cair.

Ele não falou mais nada. Aquela plastificada com um ar de superioridade esfregou na minha cara a tarde maravilhosa que tiveram.

Quando ele para em frente ao meu apartamento, não espero ele abrir  porta, eu mesmo abro e vou direto para o meu apartamento. No caminho não consegui segurar, as lágrimas caíram.
Abro a porta e graças a Deus Bianca não está lá. Vou direto para minha cama, que parece tão fria e solitária. Choro tanto que em algum momento dormir.


***

Acordo meus olhos estão um pouco inchados, devido o choro. Tomo um banho quente demorado. Decido que não tocarei mais no assunto, afinal ele contou e pareceu ser verdade. Ele poderia muito bem ter mentido.

Escolho um roupa, passo hidratante no meu corpo, seco meu cabelo faço minha maquiagem. Coloco um vestido  tubinho rosa bebê com decote em forma de coração, coloco um salto fino nude, e como estou sem fome decido ir trabalhar mais cedo.

Quando chego à  minha mesa tem uma caixa com bombons, dou um meio sorriso, achando fofo o modo como Dimitri tenta pedir desculpas.

Quando entro na sala dele, percebo que ele está com olheira, tá na cara que tanto eu como ele ficamos mal.

- Bom dia. - Digo.

- Bom dia senhorita Almeida.

- Aqui seu café, e obrigada pelos bombons.

- Bombons? - Ele questiona com cara de quem não está entendendo nada.

Fodidamente SexyWhere stories live. Discover now