Estudar

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Havia algumas horas que estávamos ali estudando. E eu tinha certeza de que iria perder a cabeça. 

A matéria de matemática não entrava no meu cérebro. E olha que minha professora era ótima, para explicar é claro.

-Presta atenção no que estou dizendo. -Ela diz e joga o lápis sobre o caderno e encosta na cadeira. -Você fica ai viajando na maionese e não aprende uma coisa fácil dessas.

-Matemática é coisa do demônio. -Digo e passo as mãos no rosto e me estico para poder descansar as costas um pouco.

-Deixa minha mãe fora disso. -Ela diz e ri, e claro que eu acompanho. Se a própria filah diz que a mãe é um demônio quem sou eu para poder discordar.

-Eu não consigo aprender isso por nada. -Me levanto e pego a garrafa de água na geladeira. Logo me sirvo e tomo um grande gole. -Eu vou reprovar de novo, só pode, é o único jeito. 

-Cala essa boca menina e senta essa bunda aqui para aprender. -Ela diz e eu faço o que ela falou. -Isso mesmo, cachorrinho. -Ela passa a mão sobre minha cabeça bagunçando os meus cabelos e eu lato para a mesma que da uma risada divertida.

E assim se passa mais algumas horas. As quais nem percebemos. 

já estávamos deitadas em minha cama, a qual eu nem havia arrumado, e eu estava quase dormindo novamente. 

-Acorda Toni, ainda não acabou os exercícios de física. -Ela diz e me empurra meu ombro me fazendo cair de cara no caderno já que estava apoiada não mão. Ela começa a rir da minha cara indignada e se vira de barriga para cima ainda rindo.

-Não se faz isso quando alguém está dormindo. -Digo e me sento na borda da cama. Passo as mãos pelo rosto e logo pelos cabelos prendendo os mesmos em um coque frouxo. 

-Não deveria estar dormindo. Estamos estudando, você tem de prestar atenção. Se não fizer não vai passar de ano. -Ela diz depois de ter se recuperado da sessão de risadas. 

-Eu já tô cansada. Estamos estudando desde a manhã. E além do mais, eu estou com fome. 

-E quer comer o que? Não tem nada na sua cozinha a não ser água. -Fala e se senta encostando as costas na cabeceira de metal da cama. 

-Pra que serve um telefone e um número de pizzaria mesmo? -Digo e pego meu celular para poder discar. Mas antes paro e olho para minha carteira que estava na mesa de cabeceira e lembro que não tinha um centavo nela. Suspiro e apoio meu rosto na mão esquerda e olho para minha mão direita que segurava o celular. 

-Liga logo. Eu estou com fome também. -Ela fala  se levanta indo para a cozinha voltando depois de alguns segundos com alguma coisa na mão. -Toma, eu pago dessa vez, só não pede nada comovo e azeitona. 

-Não dá Cheryl, você já me trouxe o café da manhã, e agora vai pagar a pizza? Não posso acei... -Ela pega o celular da minha mão e disca o número da pizzaria. 

-Isso, duas pizzas, uma de calabresa e outra de frango. -Olho para a mesma com um cara de indignada. Duas pizzas? Ela é louca, só pode. Logo me entrega o telefone depois de ter dito o endereço e desligar o aparelho. -Vai chegar em uns quarenta minutos. 

Depois de dizer se joga na cama e cruza as pernas pegando seu celular para poder entrar em suas redes sociais, eu supus. E supus certo já que senti meu celular vibrar com uma mensagem sua.

Cher:
Para de ficar me olhando e vai estudar! 

Eu:
Me obrigue, madame.
Você não manda em mim.

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