XLII

438 68 12
                                    


- Mariana! - ralhou a mãe

Ops! Esta imagem não segue as nossas directrizes de conteúdo. Para continuares a publicar, por favor, remova-a ou carrega uma imagem diferente.

- Mariana! - ralhou a mãe.

Mariana corou. 

- Desculpe-me, senhor, acho que o confundi.

O olhar de Mariana para Fernando era quase uma súplica. Ele entendeu perfeitamente que a menina não queria que a mãe soubesse que ela ficara de conversa com um homem desconhecido. Mariana se recompôs, envergonhada. Então era o seu amigo que a mãe e a irmã não cansavam de falar dia e noite.

- Que honra recebê-lo em nossa humilde casa, sr. Alencar. - disse a dona Amélia Almeida Prado.

De maneira cavalhereisca, Fernando segurou a mão da senhora e beijou o dorso.

- O prazer é todo meu, senhora. Sr. Almeida Prado. - cumprimentou.

- Seja bem vindo, sr. Alencar. Essas são minhas filhas. Giorgina e Mariana.

Giorgina estendeu a mãe primeiro e ele a pegou.

- Estou encantada em recebê-lo em minha casa, sr Alencar. - disse Giorgina com voz melosa, jogando os enormes cachos castanhos para trás.

Fernando sorriu. 

- A senhorita está encantadora esta noite, srta.Giorgina. - disse ele suavemente.

Fernando se virou para Mariana e seus olhos penetrantes a deixaram desconcertada.

- Srta. Mariana também.- ele também beijou o dorso de sua mão.

- Sr. Fernando.

- É sr.Alencar, Mariana. - repreendeu a mãe.

- Deixe-a, sra, eu, realmente, prefiro que me chamem pelo nome, na minha família são quatro senhores Alencar.

Dona Amélia e Giorgina riram, mas Mariana permaneceu impassível, recuperada do susto, mas ainda envergonhada.

- Sente-se, então, sr.Fernando. - disse o sr Almeida Prado.

- Não está uma noite encantadora, sr.Fernando? - disse Giorgina.

- Encantadora como a senhorita.

Mariana só olhava, estarrecida, o amigo fazendo papel de pateta. Supunha que esse tipo de comportamento fosse comum entre pes­soas da alta roda, mas não esperava que o amigo a que ela conhecera na tarde anterior se sentisse tão à von­tade nesse papel. Será que esse cavalheiro alto, impecavelmente vestido, que fazia cumprimentos com tanta facilidade era o mesmo que ontem estivera sentado à beira do rio com ela? Tinha pareci­do tão agradável e cheio de bom senso. Genuíno. Essa era a palavra que usaria para descrevê-lo, ontem. O sr.Fernando Alencar, por outro lado, pa­recia ser uma pessoa completamente diferente.

Era uma vez... Os Alencar (FINALIZADO)Onde as histórias ganham vida. Descobre agora