XIII

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Os dois permaneciam abraçados. Clarissa ouvia as batidas suaves do coração do marido enquanto que ele continuava acarinhando seu cabelo.

- Queres tomar um banho? - ela deu um pequeno suspiro.

- Quero. Mas não quero descer para o jantar. Acho que tua mãe vai ver na minha cara o que fizemos. - ele sorriu e ela o encarou. - Não rias de mim. - fingiu estar zangada.

- Não estou rindo. - disse entre risos.

- Claro que estás. - ela batou levemente no peito do marido. - Estás caçoando de mim.

Joaquim beijou a ponta do nariz dela.

- Tu és tão linda, minha Clarissa. Meu amor.

Joaquim apertou mais o corpo da esposa e a beijou.  O beijo começou doce, mas num minuto se tornou selvagem. Dentes, línguas, gostos o deixavam atudido, louco de desejo novamente. Passou as mãos pelo corpo da esposa. O cheiro dela estava em todo o quarto. Nos lençois. Um maravilhoso cheiro de alfazema. Joaquim interrompeu o beijo bruscamente.

- O que houve? - indagou sem entender.

Os lábios dela estavam inchados e lindamente corada.

Ele se afastou um pouco e saiu da cama. Completamente nu. Clarissa olhou sem nenhum pudor para o corpo do marido. Ele era lindo.

- Por Deus, Clarissa, não me olhes assim.

- O que houve? - perguntou novamente, mas agora magoada.

- Estou louco para fazer amor contigo novamente. - disse como em desespero.

- Então o faça.

- Não posso. Tu deves estar dolorida.

Clarissa se levantou da cama, também nua, sem nenhuma vergonha do marido. Uma dorzinha a incomodou entre suas pernas, mas ela tratou de não demosntrar. Joaquim a olhou deslumbrado. reverenciando cada parte dela.

- Perdemos tanto tempo, meu amor. - disse ao se aproximar. - Não quero perder mais tempo. Quero tudo o que você puder me dar.

Ele não precisou de mais um convite, voltou a beijá-la, queria senti-la nua em seus braços. Pele com pele. Queria estar dentro dela, tanto que doía. Mas ele não poderia. Foi a primeira vez dela e, com certeza, estava dolorida.

- Tu és tão linda. - ela sorriu. - E eu te amo tanto.

Ele a conduziu para a cama novamente e a deitou de costas. Afastou-se para vê-la. Mais uma vez encantado com tanta beleza e doçura. Os cabelos dourados espalhados pelo travesseiro como uma moldura perfeita para o rosto já perfeito. Os olhos dela brilhavam com tanta intensidade que ele se questionou se já tinha visto verdes mais lindos.  O membro estava tão duro que doía.

Então ele se deitou na cama também e suas mãos começaram a passear pelo corpo lindo e esguio. Ganhando suspiros e pequenos gemidos. Tocou-lhe a intimidade e estava úmida e quente, preparada para ele. Mas ele se forçou a lembrar que havia sido a primeira vez minutos atrás , ele não poderia ser um desalmado fazendo amor com ela em tão curto espaço de tempo. Por mais que ela a tivesse convidado para isso.

Era uma vez... Os Alencar (FINALIZADO)Onde as histórias ganham vida. Descobre agora