XVI

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Os dois voltaram para casa

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Os dois voltaram para casa. Clarissa estava triste e parecia que nada poderia preencher o vazio que Jamal lhe deixara.

Todas as mulheres que trabalhavam na casa grande vieram para sala, num apoio silencioso à Clarissa.

- Deseja algo, patrão? - perguntou Aysha, solícita.

- Eu desejo. - disse Clarissa antes do marido. - Desejo que arrumes as tuas coisas e vá embora dessa fazenda, Aysha. - falou rispidamente. As negras estranharam, nunca havia visto a sinhá daquela maneira.

Aysha apavorou-se e olhou amedrontada para Joaquim.

- Patrão? - foi um pedido de socorro.

- Se não fosse por tu, Jamal ainda estaria vivo. - Clarissa era puro ódio.

- Mas que culpa eu tenho, sinhá? Eu não atirei naquele peste. - disse sem pensar, o que piorou sua situação perante Clarissa.

- Se ousares falar assim de Jamal novamente, juro que a mato com minhas próprias mãos. - ela avançou sobre Aysha, mas Joaquim a segurou. - Se não fosse tua maldade e tua ganância, meu menino estaria aqui. Mas tua ambição foi tão grande que fizestes fofoca sobre a vida dos teus patrões para Margarida Camarga. - os olhos da mulher se arregalaram em espanto, não sabia que os patrões sabiam desse fato. - Sempre fostes muito bem tratada aqui, Aysha, e ainda assim tua mesquinhez foi maior que tu. Anda, somes da minha vista. - gritou a última frase.

Clarissa foi em direção ao quarto.

- Por favor, patrão. - implorou a Joaquim.

- Minha esposa está certa, Aysha, e só não a mandei embora imediatamente assim que soube de tudo porque Clarissa me pediu. Apesar de não mereceres, te darei um bom dinheiro para que recomeces tua vida.

Disse isso e saiu.

O dia terminou com Clarissa inconsolável. A dor era pungente em sua alma. Adormeceu nos braços do marido pensando em seu menino, seu verdadeiro amigo.

No outro dia, durante o desjejum, estavam à mesa Joaquim, Clarissa e Paulo. Clarissa estava calada, triste e com um mal estar que não a abandonava.

- Destes à Aysha o valor que te imcumbi?

- Sim, não te preocupes.

- Fizestes a cópia da carta de alforria? - Paulo assentiu.

Lírio apareceu avisando que Justino se encontrava à espera do patrão na sala de casa.

Era uma vez... Os Alencar (FINALIZADO)Onde as histórias ganham vida. Descobre agora