XXXIV

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Bento retornou ao gabinete e beijou a esposa no alto da cabeça. 

- Nala garantiu que trará  uma bandeja com comida em alguns minutos.

- Não precisava ter se preocupado em ir até lá, era só chamar Nala.

- Demoraria muito a chegar sua comida. Quis resolver logo. Não sou uma pessoa dotada de muita paciência. 

Esther sorriu. Ela também não era. Mas Bento ignorando os pensamentos tumultuados da esposa, simplesmente sorriu e olhou pela janela. Uma chuva fina caia. Logo Nala entrou no gabinete com outra criada carregando  uma bandeja com comida e arrumou-a naescrivaninha.

- Obrigada, Nala. - disse Bento.

A ex-escrava sorriu e olhou de maneira carinhosa para Esther.

- Tudo para minha iaiá.

- Obrigada, Nala.- Olhou de Nala para a escrivaninha - E seus documentos? - inquiriu Esther.

- Não se preocupe. - Ele empilhou tudo a um canto.

- Não faz mal se ficarem misturados?

Ele deu de ombros.

- Poderíamos ir para a sala-de-jantar.

- Aqui estarás mais confortável. 

- Mas irá te atrapalhar. Olhe seus documentos. - apontou com o queixo. - Ficaram todos misturados.

- A refeição é mais importante. Tu és mais importante.

A criada suspirou diante das palavras românticas e Esther apertou os lábios. A criadagem na certa imaginava que o senhor da casa se derretia de amor quando ficava sozinho com a esposa. Nala olhou para a sua menina. Sabia que lhe faltava algo, afinal, a conhecia muito bem e via que uma tristeza pungente estava fincada no doce coração de sua iaiá. E com um olhar de amparo, saiu do cômodo.

- Ora, vejam. - Bento animou-se. - Temos carne e ensopado de legumes, carinho. Quero vê-la comer tudo.

Esther olhou com desconfiança para a tigela deixada à sua frente. Seria preciso um exército de mulheres grávidas para consumir tudo aquilo.

- Tu deves estar brincando.

- De maneira nenhuma. - Bento enfiou a colher no ensopado e levou-a até os lábios dela.

Era uma vez... Os Alencar (FINALIZADO)Onde as histórias ganham vida. Descobre agora