XXVI

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Esther não conseguiu se mexer nem verbalizar nada

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Esther não conseguiu se mexer nem verbalizar nada. O toque dele a preenchia. O cheiro dele transbordava em todo o seu ser. Uma perturbação sensual a perturbava. Faltava-lhe força de vontade necessária para se afastar dele. Foi tomada por uma vibração que dava vida a partes de seu corpo que ela nem pensou ser possível.  Esther nunca tinha vivenciado tal coisa. Jamais sentira nada parecido. Ficou, então, ali, sentindo o calor que emanava dele sem se importar com o perigo que aquilo representava.

- Muito linda, Esther. - disse quase como uma reverência.

Bento não tinha mais aquele olhar divertido, mas um mais profundo que ela nunca presenciara nele. Ele, então, levou uma mão ao rosto dela e acariciou. Esther fechou os olhos sentindo o toque, apreciando. O coração dela bateu ainda mais acelerado. Ela reconheceu desejo nos olhos dele. Provavelmente o mesmo desejo que estava expresso nos seus.

Sem se conter e muito menos pensar, Esther levanta uma mão e também toca o rosto mais belo que ela já vira em toda a sua vida. Primeiro o olhar de Bento se intensifica para depois fechar os olhos apreciando aquele contato. O calor da mão dela é algo que o faz tremer.

Mais uma vez Bento pegou a mão de Esther e beijou a palma e depois o pulso. Fechou os olhos, mas as borboletas pareciam ainda mais frenéticas dentro dela. Quando Esther tornou a abrir os olhos  e encará-lo, não deu atenção à advertência que seu coração gritava. Ela só queria que ele a beijasse. E ele o fez.

Ele a beijou. Com cuidado no início.Saboreando cada partezinha. Lábios. Língua. Esther era deliciosa.  Ela, então, começou a corresponder a cada carícia. O poder daquele beijo a deixou atônita e Bento estava extasiado. Esther unca beijara ninguém, ele percebeu. Mas Bento era experiente e sabia conduzir muito bem um beijo.

A respiração se tornou acelarada e um frenesi percorria o corpo de ambos. Os dois se separaram à procura de ar. Bento a olhou nos olhos. Aqueles olhos castanhos e brilhantes sempre o atraíram. E fora um idiota em não ter percebido antes.

    Naquele instante, os ponteiros do relógio pararam por um brevemomento, que mais pareceu uma eternidade, e sentiu a mudança. Um turbilhão atingiu-o e até o respirar exigia umgrande esforço. Céus! Ele a queria de todas as formas, apesar de não ser correto nem respeitável.  


Ele beijou-lhe o queixo e deitou-a no sofá com uma gen­tileza que beirava a reverência.

Sussurrou seu nome e ouviu-a murmurar o dele. Depois, encontrou os botões de madrepérola na parte de trás da gola do vestido e desabotoou todos. Só restava deslizar o tecido suavemente por aquele corpo tão gracioso. Sentia o contorno do busto sob a roupa de baixo, mas ansiava por mais. Queria ex­perimentar o calor, o cheiro e o sabor daquela mulher tão adorável.

Era uma vez... Os Alencar (FINALIZADO)Onde as histórias ganham vida. Descobre agora