167° Capítulo

3.9K 343 38
                                    

Por que eu sou sempre a última a saber das coisas? Até entendo elas de querer me preservar só que porra, podiam ter me contado. Partiu meu coração saber disso, coitado!
É o preço que se paga né!?
Mais uma vez Deus o castigou severamente mas não o entregou a morte! Bendito seja, que sempre o faz escapar com vida. Tomara que dessa vez ele aprenda, vai depender eternamente, quero ver se alguém vai se disponibilizar pra cuidar, sorte dele que tem filho.

É o que eu falo para o Leandro, não compensa, não compensa... Eles só ficam ciente de que perde a liberdade e perde a vida, esquecem que também podem ficar debilitados, dependentes dos outros... É pior que ficar preso porque vai sofrer o resto da vida, sempre precisando de alguém para ajudar até pra mijar, porque até se acostumar com a nova realidade...

Eu tenho pena...
É a cobrança também das maldades que fazem em prol de moral, de se engradecer carregando os vulgos de: chefe, monstrão, periculoso, o brabo...

Leandro chego eram quase meia noite, eu nem falo nada, só observo. Tomei um banho e me deitei pondo a Esther, deitada na minha barriga. Eu estava muito triste e pensando no estado crítico do Leonel, começou a passar aquele nosso filme na minha cabeça. Tudo que a gente viveu, nada e nem ninguém vai apagar, nem o tempo, foi uma vida inteira só nossa entre altos e baixo e mesmo com toda adversidade fomos felizes e nos amamos e isso nada e ninguém pode mudar, tivemos uma grande história, antes de se tornar aquele filme de terror, tínhamos uma linda história.

Dia seguinte...

Levantei às 08h e dei um banho na minha preciosa, o pai vestiu ela e ficou babando. Me sentei na cama e fiquei observando o Lê com a nossa filha.

Não sei se eu me encaixo corretamente no meio deles dois, o laço deles vai ser pra toda a vida, já eu...nem sei como eu fico. Às vezes eu penso que me envolvi com o Leandro, só para suprir o sofrimento que eu vivia, por não saber ficar sozinha, por ser carente e acostumada a não saber viver em falta. Não que eu ainda sinta algo pelo Leonel, mas tem horas que penso que o Leandro não é para mim, que eu não mereço tanto carinho e companheirismo na proporção que recebo.
Pelé: Qual foi que tu está assim? -perguntou me encarando sério, frio- Desde ontem já que tô ligado.
Crislayne: Nada não.
Fujo indo para a sala, toda sem graça. Ele repara tudo. Pessoa pode nem pensar, ranço desses homens observadores.

Derrepente ele veio para a sala, me assombrando.
Pelé: Crislayne, chega aí que eu quero trocar uma ideia contigo.
Crislayne: O que houve? -Digo me sentando no braço do sofá.
Pelé: Eu até compreendo você por ter sido casada com ele, ele tá mal lá, mas é a recompensa da vida que ele escolheu pô, vou ser aberto contigo e quero que tu seja sincera comigo... -Falou, me deixando atordoada- você ainda gosta dele? Porque se for isso é melhor tu ir em busca da tua felicidade pô, não adianta ficar comigo e teu coração ser de outro... Tem nem lógica isso, papo é reto, tô te dando esse papo pra tu vê o que você quer pra tua vida, nossa filha não tem nada a ver não, a sua decisão não envolve ela não.
Crislayne: Am? Você está louco? É claro que não Leandro, eu me decidi faz tempo, tanto que estou com você.
Pelé: Não parece não, mas suave! Mais tarde a gente vai terminar esse papo, já é?! Reflete aí! -Disse, me deu um beijo na testa e saiu.
Eu fiquei tão incrédula, mais tão sem graça...ele me pôs no chinelo.
Confesso, tô nervosa, tô indecisa...
Nem sei. . .

Minha mãe chegou e eu pedi pra ela ficar com a neném rapidinho. Não posso dirigir ainda e muito menos sair sozinha, mas hoje é caso de necessidade extrema urgência, eu preciso... Fui para o Méier, vou visitar o Leonel e deixar o meu coração falar, ver o que eu realmente sinto ainda. . .

Submissos -Amor e Tráfico  💚🔫💑 CONCLUÍDA!Onde as histórias ganham vida. Descobre agora