NarradorLondon se sentou num banco de praça e viu pelo canto dos olhos alguns dos outros Senhores a encarando.
- Eu não vou pirar. - Sussurrou pra si mesma baixinho.
Seus olhos passaram pelo cenário ao qual se encontrava como uma forma de tentar manter a calma.
Aparentemente eles estavam no centro do castelo, numa parte externa que lembrava a um jardim. Havia uma espécie de escultura gigante ali perto, bem diante de si. Parecia uma mesa gigante redonda cinza onde uma esfera de mesma cor com a metade a vista descansava ali no centro, e ainda ocupava quase a extensão do espaço por inteira.
London não entendeu o que era aquilo, mas achou bonito. Ela suspirou alto e encarou o céu.
- Legal, você deixou a menina em choque. - Disse o acompanhante de Aurora a mesma.
- Tamuz, você sabe que isso tinha que acontecer de um jeito ou outro. - Aurora se defendeu enquanto observava a jovem. - Se não estivéssemos lá quando isso acontecesse, ela só ia sofrer mais. Pelo menos nós a amparamos.
- Eu acho que a gente só piorou. - Disse o homem convencido.
Aurora o encarou como se estivesse prestes a se jogar em cima do mesmo e lhe esmurrar.
- Sem comentários para você. - Ela disse cruzando os braços.
Um momento de silêncio.
A mulher soltou um grande suspiro e deu alguns passos até chegar em London. Ela se sentou ao lado da jovem e olhou para frente.
- Sei que é muita coisa para processar. - Ela sussurrou. - London a encarou pelo canto dos olhos. - Eu acho que eu surtaria um pouco no seu lugar, então acho que está indo muito bem.
- Relaxa. - London sussurrou olhando para uma árvore grande e sem folhas ali no meio da praça. - Por fora eu pareço bem, mas por dentro, eu já te mandei para o inferno pelo menos umas vinte vezes.
Aurora riu baixinho.
- Eu deveria ter contado antes, eu sei. - Disse mais para si que para a jovem. - Mas eu fiquei com medo de que fugisse. Você tinha que se mostrar diante de todos. Estava escrito.
- Na Terra, os humanos tomam suas próprias escolhas, eles não esperam pelos outros. - London foi rápida em dizer. - Vocês deviam ter feito o mesmo.
- Isso envolve um plano, London. Um plano maior para todos nós. - Ela sussurrou. - A Mãe Natureza previu um único caminho ao qual os Luminianos se levantariam novamente sem perigo. Tínhamos que respeitar a profecia.
- "Tínhamos que respeitar a profecia." - Repetiu London pensativa. Ela bufou. - Eu não estou concordando com o que vocês têm em mente agora que todo mundo apareceu e aqui estamos nós, mas estou disposta a ouvir o que pensam em fazer em seguida.
- Jura? - Aurora estava surpresa.
London mordeu o lábio.
- Eu não estou a fim de governar todo um reino, não. - Admitiu. - Mas eu quero tanto que Lúminas volte a vida como acredito que todos aqui também queiram.
- Isso já é um começo. - Aurora pensou alto. - Um ótimo começo. - E se colocou de pé quase num pulo. - Então, vamos começar.
- Começar o que? - Uma sobrancelha de London estava levantada.
Tamuz se juntou a Aurora nesse momento, seu olhar se dirigiu a London.
- Sabe a esfera à nossa frente? - Ele perguntou para a jovem. - Esse é o coração de Lúminas.
YOU ARE READING
Os Senhores: O Segredo De Aureatus
FantasyEm um mundo de Senhores que dominam diferentes elementos, London se vê prestes a entrar na tão honrada e respeitada Instituição Educacional de Aureatus; uma escola interna que ensina seus iniciados - novos Senhores - a controlar seus poderes que est...