Capítulo 3 - Regras

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Narrador

  A entrada da Instituição de Aureatus estava com um grande número de alunos em suas portas, sendo grande parte desses facilmente reconhecidos como parte já estando no segundo ou terceiro ano pela intensidade das cores de seus cabelos, tornando um pouco difícil para quem olhasse de longe, a visão dos calouros que se destacavam por seus cabelos ainda negros.

  Henry, um dos alunos iniciados, despediu-se de uns amigos mais velhos que eram responsáveis por si já que sua mãe e meu pai eram... um pouco ocupados e, com uma mochila nas costas onde pesavam suas coisas mais importantes que com certeza ele não iria deixar em malas, adentrou no prédio central que, por sua vez, era o mais baixo de todos, contendo apenas dois andares sobre o do térreo enquanto, ao mesmo tempo, era um dos maiores quanto a largura, onde todos entravam.

Silenciosamente, se misturando a multidão, Henry passou pela entrada onde os traços do renascentismo eram evidentes nas colunas bem encorpadas, nos quadros carregados em tinta óleo com figuras femininas desenhadas como anjos presentes pelo espaço. Erguendo um pouco a cabeça, esse notou o teto de vidro e então o espaço vago desse até o chão, tornando possível ver perfeitamente os corredores abertos existentes do primeiro e segundo andar, esses que contornavam a construção, colados às paredes.

  O garoto caminhava em direção à saída onde haviam duas portas, e numa delas passavam os iniciados, que tinham todos cabelos negros, enquanto na outra, passavam aqueles com os cabelos já tomados pelas cores de seus respectivos Impérios, quando o mesmo sentiu alguém esbarrar em seu braço. Ao virar-se, encontrou uma garota.

— Cuidado. — Proferiu em tom seco, mas controlado.

  Ela, então, para sua surpresa, encarou-lhe com os olhos mais tristes que esse já havia visto em tempos e os baixou ao dizer:

- Desculpe.

  E apenas passou por si pondo as mãos nos bolsos de seu casaco.

  Henry não soube explicar o que se passou dentro de si ali, apenas sentiu a tristeza no momento que seus olhos se cruzaram com os dela e, ainda que tenha sido por um momento tão breve, o reflexo daquele sentimento permaneceu em seu interior.

  Piscou algumas vezes seguidas tentando voltar para o mundo real e esquecer do que havia acabado de acontecer, caminhou junto com os novatos para a saída onde apenas passaram por um corredor fechado com apenas candelabros pelas paredes iluminando o caminho.
 
   Ao sair do prédio para a parte de trás, viu o que lhe pareceu ser uma plataforma central cercado pelos prédios que haviam ali em volta, era um tipo de estrutura de extenso comprimento, um círculo gigante cercado por outros cinco círculos do mesmo tamanho tente às bordas desse. Cada círculo continha perto de si uma pequena escada composta por cinco degraus. Essas nas quais todos os iniciados subiam por alguma.

— Cuidado com o degrau! — Um homem alto, de barba e cabelos verdes que alternavam em tons, falou. Esse estava no círculo central. — Ponham-se em um dos cinco círculos a minha volta, vamos!

  Foi nesse momento que Henry a presença de diferentes cores, cada uma em um dos cinco círculos em volta daquele no qual o homem se encontrava.

— Devemos ficar no círculo que represente a cor de nosso Império? — Uma garota baixa, morena, perguntou para um garoto ao seu lado.

— Acho que sim. — Ele respondeu.

  Henry rapidamente encontrou o círculo vermelho ao lado do círculo azul e do círculo roxo, onde se colocou junto com alguns outros alunos e esperou até todos se postarem em seus devidos lugares.

Os Senhores: O Segredo De AureatusOnde as histórias ganham vida. Descobre agora