Miranda Narrando.
Louis estava inquieto, caminhava de um lado para o outro, se sentava em sua poltrona, levantava e caminha mais.
- Respira. - Pedi lhe. Eu estava sentada numa mesa num canto apenas o observando.
- Você não entende, Miranda..
- Então me explica..
Ele parou e me encarou.
- Se esse segredo maldito vazar, vai dar uma merda.. - Disse parecendo assustado.
- Então não deixe vazar, ué. - Falei.
- Como se viver com isso em mente fosse fácil. - Louis riu sem humor algum.
- Então esquece. - E dei de ombros.
- Você faz parecer tudo tão fácil. - Sussurrou.
- É que pra mim é..
Ele suspirou.
Dei lhe um pequeno sorriso e abri os braços para o mesmo.
Louis nada disse, correu para mim como uma criança corre para o colo de uma mãe.
- Não fale sobre isso com ninguém. - Surrurrei. - Seja lá o que for, se for para provocar violência, é melhor que deixemos para lá.
- Você é sempre tão sábia.. - Sussurrou em meus braços.
- Eu só não suporto pensar que para resolver algo, tenha que usar violência. Revolta me pensar que tanta gente morre por não saber se sentar e conversar ou simplesmente ignorar..
Silêncio. Escutei seu suspiro novamente. Louis se afastou.
- Realmente deixar isso quieto é o melhor a se fazer. - Disse baixo parecendo pensativo.
Dei lhe um pequeno sorriso e pus me de pé.
- Fico feliz que tenha se decidido, agora vou saindo, tenho mil coisas pra fazer..
Vi sua expressão tornar se triste.
- Mas já? Você nem me dá mais atenção..
Revirei os olhos.
- Imagina.. nem conversamos todos os dias, ou fazemos leitura juntos ou sei lá o que..
Louis nada disse, seus olhos já mostravam que ele não concordava com meus argumentos.
- A gente se vê depois. - E acenei antes de sair.
Fechei a porta com um pequeno sorriso no rosto.
Passar o tempo com Louis sempre me deixava feliz.
Caminhei em silêncio pelos corredores sentindo a bota do pé esquerdo incomodar um pouco. Acho que havia alguma pequena pedra ali.
O vento da noite soprava pelas grandes janelas e ameaçava o fogo dos candelabros de parede. Um desses teve uma de suas velas apagadas.
Suspirei e me aproximei. Em silêncio, fechei os olhos e soprei o topo da vela apagada. Uma nova chama tomou conta daquele pequeno espaço. Sorri satisfeita.
- São poucos aqueles capazes de fazer algum tipo de luz sem escuridão completa. - Alguém disse atrás de mim.
Virei me imediatamente. Surpreendi me ao ver o rei de Lumbras ali. Curvei me rapidamente.
- Majestade. Perdão, eu não o ouvi chegar. - Sussurrei encarando o chão.
- Se tivesse ouvido, creio que eu não teria presenciado tamanha grandiosidade. - Disse. Eu sabia que ele sorria docemente nesse momento.
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Os Senhores: O Segredo De Aureatus
FantasyEm um mundo de Senhores que dominam diferentes elementos, London se vê prestes a entrar na tão honrada e respeitada Instituição Educacional de Aureatus; uma escola interna que ensina seus iniciados - novos Senhores - a controlar seus poderes que est...