Why do you hate me?

[13] Passado

As coisas não iam nada bem.

Louis recebeu uma ligação de seu ex-namorado, Stanley. O cara não entendia que depois de tudo que aconteceu não teria a possibilidade de volta, e ele só procurava Tomlinson quando não achava ninguém para satisfazê-lo.

Louis não queria mais isso para sua vida, principalmente agora que estava se entendendo com Harry e ele parecia um bom candidato para um relacionamento sério. Mas existiam tantas dúvidas: será que Styles queria algo sério consigo?

Já Harry percebeu como Louis estava estranho, será que era pelo que estava acontecendo entre eles? Styles viu de relance diversas mensagens para o baixinho de um tal de "Stanley", esse cara era outro "pretendente"?

A situação era estranha, mas ao mesmo tempo boa. Quando não pensava muito sobre seu passado, Louis conseguia agir como queria perto de Harry - o cacheado gostava desse Louis relaxado e despreocupado.  Talvez o estresse era culpa do que estava acontecendo em relação ao estabelecimento - ou não.

De qualquer maneira, o passado era como um espinho. Louis já amou Stanley, era apaixonado por ele, e dizer que o que estava acontecendo não o afetava era mentira.

Ele nunca iria voltar como namorado daquele idiota, que o traia e o deixava para baixo por puro "prazer" de se sentir superior. Aquilo não era um relacionamento saudável.

Poderia sim ter tido problemas com Styles no início; eles e eram bem diferentes e às vezes brigavam, porém Louis sabia que era respeitado. Respeitado não por ser o chefe do de olhos verdes, mas porque ele merecia isso.

Todos merecem respeito.

Harry estava respeitando o espaço de Louis, sabia que algo estava errado, porém não iria forçar a barra para ele contar o que estava acontecendo. Não eram tão íntimos assim para ele cobrar algo.

Íntimos sim, mas não dessa forma.

A verdade é que Louis estava com medo. Confiava em Harry, o mesmo nunca fez nada para si ou os amigos que o fizesse desconfiar das palavras do mesmo, porém ninguém conhece realmente ninguém.

Ele queria amor, ser exclusivo e respeitado.

Harry o tratava com amor em momentos de carinho.

Não sabia se era exclusivo ou se Styles tinha mais "peguetes", esperava que não.

E o respeito também estava presente.

Não estava nada bem, mesmo que Tomlinson tentasse esconder. E isso ficou claro quando recebeu um buquê de rosas no trabalho com uma etiqueta escrita: "Do seu eterno amor, Stanley".

E tudo ficou pior quando Harry viu isso e saiu sem dar explicações, deixando um Louis sem chão para trás.

Louis estava sozinho, sem Harry, e com uma prova de hipocrisia nas mãos.

Tomlinson tentou ligar pra seu namorado...

Namorado?

Ele já considerava o cacheado como seu namorado.

Tinha medo? Sim.

Mas não podia mais deixar Stanley tirar coisas boas de sua vida, ele não poderia controlar sua vida, estava indo tudo tão bem e Tomlinson queria que continuasse assim para melhor.

Gostava de ser parceiro de Hazz.

Parceiro no trabalho.

Parceiro de carinho.

Parceiro de amizade.

Parceiro de conversa.

Parceiro de sexo.

- Harry, por favor! Eu posso explicar tudo, não é o que você está pensando - suspirou- lembra quando nos conhecemos? Aquele mal entendido? É isso que está acontecendo aqui... Por favor, vamos conversar, eu... Eu gosto de você. Não gostaria que as coisas acabassem assim por alguém que não vale a pena. -Deixou esse recado para o número do cacheado e foi em direção à casa de Malik, talvez conseguisse chegar lá antes de Harry, ou conseguisse falar com ele.

Na vida real não queremos explicações, na maioria das vezes, pois achamos que aquilo que vemos é cem por cento verdade.

Harry não sabia mais o que era verdade ou não. Mesmo já tendo cometido o erro de julgar antes de saber o que realmente estava acontecendo, não conseguiu evitar de fazer aquilo.

Será que Louis só estava consigo para passar um tempo?

Será que Louis tinha um namorado e estava o traindo?

Harry Styles não aceita traições, não gostaria de saber que é o amante de alguém. Talvez nem seus amigos soubessem que Tomlinson já era compromissado. Essperava que tudo fosse um grande engano, como quase sempre os últimos meses de sua vida estavam sendo.