Capítulo 63

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Samyr

Hoje é dia de descer bala na Maré e conquistar mais um morro. Tirar o pivete de lá é prioridade. 

Decidi hoje com Lorena que não faria teste de DNA, que vamo criar o moleque as cegas, sem saber se ele tem meu sangue ou não, testes é mais um trauma pro menino. Achamos melhor não. 

- TODO MUNDO PRONTO? - Pergunto pro meu "camburão". 

Jair tá comandando um time vamos dizer assim, Mariano um, eu outro. Johnny, Bash e Gael o outro, meu pai não pôde vir, Gaby tá precisando dele. 

Minha preocupação tá a mil aqui, Bash, meu filho, sendo líder de uma galera armada junto com meu irmão caçula, Gael  com o irmão mais novo de Mariano, Johnny, e além disso, por que Gaby tá precisando do nosso pai em casa?! 

É galera, me julguem, sou cheio de problemas. 

-PRONTO DESDE O PARTO! - a voz ecoou dentro da vã. 

Eles sempre gritavam isso e eu sempre ria, era impossível. 

Descemos da vã chovendo bala nos telhado das casa, entrei pela frente o lugar mais perigoso. Mariano lateral esquerda assim como Jair só que pela direita. Os meninos entraram pelos fundos onde é mais fácil. 

Jair queria colocar os moleque na frente onde é complicado e eu lá atrás, marrapá, meu filho vai onde é mais fácil porra, primeira vez eles. Sem experiencia alguma!

Desci a ladeira com minha fuzil na mão, matei vários durante a brincadeira. Encontrei o casarão e fui logo pra dentro, tinha ninguém. Procurei pelo cofre de segurança na casa toda e achei na cozinha. 

Quem visse de longe nunca perceberia, mas como sou metódico percebi um papel de parede em desordem. Puxei o papel de parede e junto se abriu uma porta.

- Santiago? - pergunto em alto e bom tom.

- Sou... - foi interrompido. 

Devem ter colocado a mão na boca dele. 

- Sou Samyr teu pai. - falo.

O silêncio que ficou por uns 5 minutos me deixou agoniado. Mas quando a porta de ferro se abriu uma velha saiu com um pivete loiro. 

- Keron e Karen sempre falaram muito bem de tu. - diz desconfiada. - Cuida dele. - assinto. 

- Foge. - aconselho. 

- Oi. - o menino diz com medo.

- Oi. Encosta a cabeça no meu pescoço e fica de olhos fechados, quem abrir primeiro perdeu. - falo sorrindo e fechando os olhos.

Ele ri fazendo o que eu pedi. Abro os olhos e saio com ele da casona.

- Olhos fechados. - olho ao redor procurando uma saída mais rápida.

Mariano pela esquerda atirando, olho pra cima vendo um fela da puta em um prédio mirando nele. Atiro no cara mas foi tarde. Ele já tinha disparado. 

-MARIANO! - grito, ele me olha e abala acerta seu peito em cheio. 

Menor passou por ali e entreguei Santiago pra ele.

- Sai daqui! - ordeno e ele assente. 

Corro com velocidade máxima até o meu amigo caído o chão. 

- Irmão. - bato de leve sem seu rosto e ele abre os olhos devagar. - Fica comigo porra. 

Os nossos vapores nos protegiam matando quem chegasse perto. 

- Não dá mais bro, temo 46 caralho. - ele ri com os dentes vermelhos de sangue.

Deve ter perfurado a pleura, camada que reveste e protege o pulmão, se perfurou ela o que é bem provável já que ta cuspindo sangue, um dos pulmões ou os dois tá se enchendo de sangue ele tá com a sensação de afogamento. Não posso fazer nada no meio da calçada da Maré, preciso de instrumentos médicos nesse instante. 

- E tu vai parar com essa vida sacou? - assinto, sempre dissemos que antes dos 40 iamos largar isso e voltar pra a medicina, nunca fizemos. - O meu morro tu dá pra Gael, o do pai fica pra João e a Maré.. pra Bash. 

- Que é caralho? Tá me estranhando? Tu vai viver pra contar história de um furo no peito sacou? - ele nega cuspindo mais sangue. 

- Cuida de Alanis.. das minhas filhas. 

- Não vou cuidar! - nego histérico. 

Ele não pode morrer!

- Eu amo tu. - seus olhos perdiam o brilho em cada esforço. - Volta pra a neuro.. - pede. 

- Vou voltar. - falo. - E tu pra ortopedia, vamo voltar juntos. Nois quatro. - os olhos dele vão ficando baixos. 

- Mauricio Seixas.. - sussurra. - Parente de Raul que tá com Jo. 

- Que? - me assusto. 

- Eu acho que Alanis tá grávida... - seu último sussurro foi esse. 

- Mariano. Mariano.. - bato no seu rosto. - Droga. - pego no seu pescoço tentando sentir o pulso mas não tinha nada. - MERDA! 

Subo em cima dele começo a fazer massagem cardíaca nele. 

- MEU FILHO!!- olho pro lado sem parar a massagem. 

Jair que estava sorridente mudou na hora o semblante. 

- É perigoso. - falo. 

- Matei Antony. - diz me deixando aliviado. 

Paro alguns segundos pra ver sua pulsação mas não tinha absolutamente nada. 



Capítulo quentinho pra vocês. 

Morte de Mariano.. declarando quem ficaria com qual morro... 

Conquistando mais um morro: Maré. 

Votem, comentem bastante!!! 

Sério gente, comentem please. 

Sub dono do Complexo Where stories live. Discover now