Lorena
Suturo o último paciente da última bomba, ele vai ficar bem, felizmente. Suspiro tirando a touca.
- Quando ele acordar da 1ml de morfina. - peço e a moça assente.
Até quando isso vai? Pra transitar pelas tuas das cidades é 1.900 dólares, isso não pode, onde está a humanidade?
(N/A: Pra quem acha que é brincadeira, não é. O fantástico entrevistou um sírio e ele falou).
- Como vai teu lance com o Raul? - Samyr pergunta tirando suas luvas com sangue.
- Tamo conversando. - tiro minhas luvas e jogo na lixeira. - Pena que não é dele que eu gosto.- suspiro provocativa.
- Ah é? - ele cruza os braços. - E de quem é?
Encaro seus olhos lindos.
- Você conhece como se conhecesse a si mesmo. - coloco a mão no seu peito, fico na ponta do pé. - E você considera lindo. - dou um beijo no canto da sua boca.
Saio rebolando do local. Adoro provocar.
- Soltou o verbo? - Alanis pergunta sorrindo.
- Dei a indireta sim. - sorrio divertida.- Ele aparentou ficar louco.
- Tutorial de como chegar no crush ta meninas?- rimos do modo que ela falou.
Olho pro lado vendo Raul me encarando, dou uma piscadela e sorrio provocativa.
- Só tem um porém... - ela me olha - Raul, acho que ele quer ficar comigo. - suspiro.
- Todos querem ficar contigo, querida. Olha só como é linda essa vaca! - dou um tapa em seu braço.
- Vi umas galinhas mortas na cidade, conseguiu fugir como? - ela ri.
- Ta falando com a capitã. - acabo rindo junto dela - Quer ficar com ele?
- Raul? - ela assente. - Ele é bonito, mas eu gosto do Samyr, não sei se conseguiria. - suspiro pensativa.
- Então nem chegue perto. - ela avisa.
- Oi oi lindas. - o demônio chega.
Não que ele seja um demônio, mas é que é uma tentação. Só quem vence é o próprio Samyr.
- Olá. - Alanis diz sem tirar os olhos de mim.
- Oh gente!- eles me olham esperando algo. - Tenho um paciente pra olhar, ele foi o último da última explosão.
- Vá ser médica. - ele sorri de lado.
Saio dali as pressas e entro na tenda dos pacientes. Não falei dela né? I'm so sorry!
(Eu sinto muito)
Entro nela e procuro o paciente, logo acho o moreno. Se não fosse paciente eu ficaria. Meço seu pulso que ta mais baixo que o normal assim como sua pressão. Fico surpresa já que achava que ele ia ficar bem, meço de novo seu pulso na esperança de ter errado a contagem.
Em um movimento rápido sinto meu pulso ser pressionado. Olho assustada pro paciente, ele acordo mas ta meio grogue.
-Salved ... the wrong person. - encaro ele com medo, terrorista?
(Salvou... a pessoa errada)
-Sir? You can release my wrist, you're hurting. - peço.
(Senhor? Pode soltar meu pulso, ta machucando)
- Sorry. - Ele solta.-Where is my wife? - ele tosse.
(Desculpe. Onde está minha esposa?)
- Lie down, you're still very weak.
(Deite-se, ainda ta muito fraco)
- Where is my wife? - ele diz enquanto se deita.
(Onde está minha esposa?)
- How is she?-pergunto pronta pra anotar.
(Como ela é?)
-She ... she has light eyes, very black hair, dark skin ... uh, she has an Indian earring and a pierncing.
(Ela...ela tem olhos claros, cabelos pretos mesmo, pele morena...uh, ela tem um brinco de índio e um piercing).
- Okay! - ele força um sorriso e saio dali.
Passei meia hora procurando, até chegar a duas que poeriam ser. Busco por um piercing pelo corpo e só um tinha. Volto ao paciente e aviso ele.
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Sub dono do Complexo
Novela Juvenil"Somos condenados a liberdade" - Sartre A todo tempo fazemos escolhas, sejam boas ou ruins, e temos consequências boas ou ruins, temos que saber lidar com elas. Esse livro conta a história de 4 pessoas nascidas no Complexo Alemão, todas perceberam...